Padrasto e mãe são indiciados por tentativa de homicídio a menina de 2 anos em Betim, na Grande BH

Anderson Rocha
@rocha.anderson_
17/05/2021 às 14:55.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:57
Suspeito foi localizado na residência investigada e detido (Polícia Civil/Divulgação)

Suspeito foi localizado na residência investigada e detido (Polícia Civil/Divulgação)

O padrasto e a mãe de uma criança de 2 anos, vítima de violência em Betim, na Grande BH, foram indiciados pela Polícia Civil por tentativa de homicídio e outros crimes. O inquérito apontou que o homem tentou matar a menina por ciúmes da relação com a mãe, que é companheira dele. O acusado está preso.

De acordo com a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), em Betim, a criança foi agredida mais de uma vez. No caso mais recente, mês passado, foi levada inconsciente ao hospital, com risco de morrer. Após receber atendimento, foi entregue aos cuidados do pai biológico, que recebeu a guarda provisória. 

O padrasto fugiu, mas teve a prisão preventiva decretada. Em 30 de abril, ele se apresentou. Já a mãe, que responde em liberdade, além da tentativa de homicídio, foi indiciada por omissão. A mulher já havia sido denunciada ao Conselho Tutelar por maus-tratos à filha.

Agressões

Conforme a polícia, em 25 de abril a criança acordou com diversas lesões pelo corpo, como tufos de cabelos arrancados, mordidas nas nádegas, orelha queimada e machucados no rosto, pescoço e costas.

Segundo a polícia, nesse dia, a irmã, de 5 anos, chamou a mãe para mostrar a criança, que tremia de dor. Entretanto, com receio de ser presa e acusada de maus-tratos, a mulher não teria prestado socorro, orientando que a babá cuidasse da filha.

No dia seguinte, o padrasto teria entrado no quarto em que a enteada dormia e a jogado no chão. Em seguida, a babá teria visto o suspeito apertando a menina pelo pescoço. À polícia, ele alegou que teria deixado a criança cair no chão ao colocá-la para dormir. 

Importância da denúncia

A Polícia Civil reforça a importância da denúncia sobre casos de violência doméstica. Os registros podem ser feitos na unidade policial mais próxima ou por meio do Disque 100 (fatos envolvendo crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência). Já os registros de violência contra a mulher, pelo Ligue 180.

Outra forma é pela Delegacia Virtual (clique aqui). Por meio da plataforma digital, as vítimas ainda podem solicitar a medida protetiva enquanto estiverem fazendo o registro.

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