(Samuel Costa)
O imbróglio envolvendo o pagamento das passagens nos ônibus de Belo Horizonte ganhou novo capítulo. Após informar que o dinheiro em espécie não será mais aceito nos coletivos, a prefeitura voltou atrás, nesta quinta-feira (23), e admitiu que irá "eliminar" a modalidade gradativamente. A mudança começa a partir de julho.
A lei que busca avanços tecnológicos para o meio de transporte foi sancionada em 18 de março pelo prefeito Fuad Noman (PSD). Conforme a legislação, os passageiros poderão pagar as tarifas pelos cartões de crédito ou débito, que tenham aproximação, além de PIX e QR Code.
No entanto, na terça-feira (21), após reclamações de passageiros, a PBH divulgou nota "esclarecendo" que a norma não proíbe o pagamento em dinheiro. O uso do cartão BHBus vai seguir.
Um dia depois, a PBH voltou atrás e afirma agora que a expectativa é que a modalidade de pagamento em dinheiro seja "eliminada" gradativamente. Nos próximos 90 dias as concessionárias devem apresentar um projeto-piloto do novo sistema de bilhetagem eletrônica. Após a proposta, a PBH regulamentará a medida. Porém, ainda não há prazo.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de BH (Setra-BH) informou que o projeto está sendo preparado e será apresentado em breve.
Atendimento presencial
Para aqueles que preferem o atendimento presencial, o texto da lei garante que a Superintendência de Mobilidade (Sumob) será responsável por administrar pontos físicos de venda e consulta de créditos eletrônicos. Também será responsabilidade da Sumob coletar dados operacionais para aprimorar o sistema de transporte.