Paixão pelo eterno Fusquinha reúne fãs num passeio pelas ruas de BH

Danilo Emerich - Do Hoje em Dia
28/01/2013 às 00:03.
Atualizado em 21/11/2021 às 21:16
 (Toninho Almada)

(Toninho Almada)

A paixão pelo carro do século, o Fusca, mobiliza centenas de pessoas de várias gerações diferentes. Para comemorar o Dia Nacional do Fusca, comemorado no último dia 20 de janeiro, o Portal do Fusca – clube automotivo que homenageia o automóvel - realizou uma carreata, neste domingo (27), pelo bairro Mangabeiras, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, com aproximadamente 50 veículos do tradicional modelo.

Segundo o presidente do Portal do Fusca, o consultor de vendas Bruno Beleza, de 35 anos, o objetivo é manter viva a memória do carro, além de reunir as pessoas para trocar informações sobre um dos veículos populares mais tradicionais do mundo. “Temos mais de 400 membros de todas as idades e cidades de Minas Gerais. Queremos preservar a história do fusca”, disse.

Cada Fusca é modificado conforme o gosto do proprietário, há quem altere a altura do carro, troque os pneus ou incremente com acessórios. É o caso do funcionário público André Rocha, de 42 anos. Ele diz que o fusca foi seu primeiro carro, quando tinha 17 anos. “Sempre tive um. Apesar de ser popular, acabou o preconceito que havia com o Fusca e hoje ele é querido por todos”, conta.

Essa foi a 54º edição do encontro, que ocorre mensalmente. Além de trocar informações sobre serviços e oficinas, alguns membros também colocam seus veículos a venda, que atribuem o peso emocional do veículo. O preço também varia conforme o grau de peças originais do automóvel.

A paixão pelo carro passa pela família, como o caso do almoxarife Jefferson Henrique Coelho, de 20 anos. “Cresci no fusca do meu pai e me passei a gostar do carro”, disse. Já o aposentado Roberto Cotosk, de 76 anos, é ciumento quanto seu xódo, ano 1976. “Vou morrer com meu fusca, não passo ele para ninguém”, afirma orgulhoso.

O carro, que completa 78 anos de seu lançamento na Alemanha e ficou imortalizado no filme “Se meu fusca falasse”, passou a ser fabricado no Brasil em 1959, com o nome VW Sedan. A produção foi interrompida em 1986, mas voltou às linhas de produção posteriormente até 1996, por influência do então presidente Itamar Franco, confesso apaixonado pelo automóvel. A Volkswagem estima que o modelo teve 21 milhões de unidades vendidas em todo o mundo.

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