Afirmação de direitos

Parada LGBTQIA+ demanda financiamento público, mudanças nas ações de segurança e interiorização

Temas foram debatidos pela Comissão de Direitos Humanos da ALMG

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 15/07/2024 às 17:34.
A implementação de cotas permitirá garantir o acesso à universidade, ampliar a diversidade e a representatividade transexual e travesti no ambiente acadêmico  (Fernando Frazão / Agência Brasil)

A implementação de cotas permitirá garantir o acesso à universidade, ampliar a diversidade e a representatividade transexual e travesti no ambiente acadêmico (Fernando Frazão / Agência Brasil)

A necessidade de financiamento público permanente e de mudanças nas ações de segurança foram algumas das demandas defendidas por organizadores da Parada do Orgulho LGBTQIA+ durante reunião, nesta segunda-feira (15), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O evento está marcado para o próximo domingo (21), na Afonso Pena, em Belo Horizonte. A concentração será às 12h.

Na reunião, realizada pela Comissão de Direitos Humanos da ALMG, os presentes informaram que emendas parlamentares têm ajudado na construção das paradas, mas que as verbas ainda são insuficientes, como defendeu uma das precursoras do movimento em BH, Soraya Menezes.

Além do financiamento, seria necessário um diálogo permanente com diferentes órgãos, como destacou Thiago Santos Lima, coordenador estadual da Rede Afro LGBT. Em especial, o participante indicou a necessidade do diálogo com as forças de segurança pública para que elas atuem sem constranger os presentes.

Presidente do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos), Maicon Chaves acrescentou que esta seria então a maior manifestação popular de Minas Gerais, salientando que a parada em Belo Horizonte leva cerca de 350 mil pessoas para a rua e devolve para o município, em um único dia, R$ 20 milhões.

“Não é um evento, embora tenha grandes contornos. É uma manifestação popular em busca e na afirmação de direitos”, disse Maicon Chaves.

Também foi abordada a importância de se promover a interiorização das paradas, levando a manifestação e o apoio a outras demandas do movimento para fora da capital. Michel Bruce, do Conselho Municipal LGBTQUIA+ de Juiz de Fora, na Zona da Mata, destacou que, em 2006, cerca de 120 mil pessoas participaram da parada no município. Segundo ele, foi naquele ano a maior parada das cidades do interior do Brasil. Desde então, porém, o público vem reduzindo.

Segundo Ralpho Seraphim, fundador do Movimento LGBT de Esmeraldas, a parada na cidade será em setembro, sendo "feita na raça" pelo movimento, em virtude da falta de apoio municipal. Conforme Ralpho Seraphim, a Câmara de Vereadores e a prefeitura também não têm apoiado outras demandas, como realização da Conferência Municipal LGBTQIA+ e a criação do Conselho LGBTQIA+.

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