Natureza agradece

Parque de BH receberá 10 mil novas árvores até dezembro; saiba onde

Plantios tiveram início há dois meses com a proposta de recuperar quase 60 mil metros quadrados afetados por um grande incêndio

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 10/11/2024 às 10:03.
Mudas foram selecionadas de acordo com as características e especificidades do local e terão entre 40cm e 60cm de altura (Marcelo Martins/PBH)

Mudas foram selecionadas de acordo com as características e especificidades do local e terão entre 40cm e 60cm de altura (Marcelo Martins/PBH)

Até dezembro deste ano, mais de 10 mil novas mudas de árvores de diferentes espécies serão plantadas para recuperar a área queimada do Parque Ursulina de Andrade Melo, na região da Pampulha, em BH. 

Os plantios no local tiveram início há dois meses com a proposta de recuperar os quase 60 mil metros quadrados afetados por um grande incêndio, ocorrido em julho deste ano. A área já recebeu 950 mudas, e ganhará um reforço de mais 9.200 com plantios que começaram neste sábado (9) e vão até 21 de dezembro. 

Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), com essa ação, será possível a recuperação de quase toda a área atingida. As mudas foram selecionadas de acordo com as características e especificidades do local e terão entre 40cm e 60cm de altura. 

Após a finalização do plantio, será feita a manutenção e acompanhamento do desenvolvimento das espécies, com rega, despraguejamento e replantio em caso de morte de alguma muda nos próximos três anos.

Ações de recuperação no Parque

O último incêndio no Parque Ursulina de Andrade Melo consumiu uma área de cerca de 60 mil metros quadrados. Conforme a PBH, as investigações sugerem ação criminosa. Vale destacar que o parque já vinha se recuperando de outro incêndio, ocorrido em 2020, porém a área em recuperação não foi afetada e permanece em desenvolvimento.

Um inventário preliminar realizado no Parque Ursulina em 2021, pela equipe do Jardim Botânico da FPMZB, permitiu identificar 188 espécies de plantas vasculares, a maioria de mata semidecídua nas quais se destacam copaíbas, ipês, sibipirunas e algumas que têm se tornado raras nos remanescentes de Belo Horizonte, como a braúna e o jequitibá. 

A maioria das espécies identificadas possuem padrão de dispersão zoocórica demonstrando a importância desse remanescente para o estabelecimento de um corredor ecológico na região da Pampulha, onde os elementos comuns que possui com outras áreas verdes da região, como a Estação Ecológica da UFMG e da Zoobotânica, permitem o fluxo gênico e a amplitude de ambientes para a fauna.  

* Com informações da PBH

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