(Luiz Costa)
Filas e dúvidas dos usuários do transporte coletivo marcaram o primeiro dia de funcionamento da Estação Pampulha e do Move na avenida Antônio Carlos, em Belo Horizonte. No terminal, passageiros disputavam espaço com operários em meio à poeira das obras, ainda inacabadas. Ponto positivo é que as viagens, ao menos no sábado (17), foram rápidas: na linha direta, duraram em média 26 minutos. Normalmente são necessários 40 para vencer o mesmo trajeto nas convencionais.
Durante a manhã, o movimento foi intenso na estação, ponto de baldeação dos passageiros trazidos dos bairros pelas linhas alimentadoras. Filas se formaram nas bilheterias e catracas para acesso aos veículos troncais (articulados). A expectativa é a de que 40 mil pessoas circulem pelo terminal da Pampulha nos dias úteis, optando por uma das três linhas: 50 (Estação Pampulha/ Centro – Direta); 51 (Estação Pampulha/Centro/Hospitais); 52 (Estação Pampulha/Lagoinha).
Por fazer
Na estação principal, o público encontrou parte da estrutura desativada. Metade das escadas rolantes ainda não está pronta: faltam cobertura e ajustes na instalação. O acesso ao terminal, para quem vai a pé pela rua Mel ou avenida Portugal, é feito por um trecho coberto apenas por cimento grosso e cascalho. No viaduto B da mesma avenida, a passagem de pedestres e os parapeitos não estão finalizados.
Apesar das pendências, o prefeito Marcio Lacerda, que visitou a estação e embarcou em uma das linhas, afirmou que foi um “bom começo para o Move”. Um dos objetivos é o de que as linhas atendam torcedores que forem ao Mineirão prestigiar a Copa do Mundo.
"A estação está muito bonita. Há áreas que precisam de acabamento, mas isso não interfere na movimentação dos passageiros".
Dúvidas
O prefeito chegou a ser abordado por usuários, que pediam informações. Alguns até deram sugestões de mudança no trajeto dos coletivos na região central. “Vamos fazer os ajustes necessários, como programação de semáforos e treinamento dos motoristas”, disse Lacerda. Ontem, alguns condutores tiveram dificuldade para calcular o espaço exato para parar os veículos junto às plataformas, o que acabou travando as portas dos coletivos.
A estudante Bruna Rocha, que foi do Centro à Pampulha, também espera que seja revisto o intervalo entre as viagens. “Fiquei 40 minutos esperando o ônibus na avenida Augusto de Lima. Normalmente, gasto 15. Acho que durante a semana será pior”.