A partir de hoje, viagens que custavam R$ 5,25 subiram para R$ 5,75 (linhas convencionais e Move) e as de R$ 2,50 para R$ 2,75 (linhas curtas)
(Maurício Vieira / Hoje em Dia)
Os usuários do transporte público de Belo Horizonte, a partir desta quarta-feira (1º), primeiro dia de 2025, precisam se preparar para pagar mais caro pela passagem de ônibus. A Prefeitura Municipal reajusta as tarifas, com a passagem mais comum, utilizada nas linhas convencionais e no Move, passando de R$ 5,25 para R$ 5,75. As linhas curtas, por sua vez, terão um aumento de R$ 0,25, passando de R$ 2,50 para R$ 2,75.
Apesar do aumento, as 12 linhas que atendem vilas e favelas da capital mineira continuarão gratuitas.
O executivo municipal justifica o reajuste como sendo necessário para manter os investimentos no sistema de transporte público e garantir a melhoria dos serviços oferecidos à população. Segundo a PBH, o último aumento havia ocorrido em 29 de dezembro de 2023, após um período de quatro anos sem reajustes.
O vereador eleito Pablo Almeida (PL) protocolou uma representação no Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) pedindo a suspensão do aumento das passagens dos coletivos em Belo Horizonte e a realização de uma auditoria no sistema de transporte público da capital.
Na representação, Almeida alega que o reajuste é “ilegal” e representa uma “lesão ao erário e ao interesse público”. O vereador argumenta que o contrato com as empresas de ônibus já prevê um superávit e que o aumento da tarifa seria um “desrespeito à população”.
A deputada federal Duda Salabert (PDT) também ingressou com uma ação judicial com o mesmo objetivo. A parlamentar questiona a necessidade do aumento, considerando que as empresas de ônibus já recebem um subsídio significativo da prefeitura.
O executivo municipal justifica o reajuste alegando que o valor da tarifa é calculado com base em uma série de variáveis, como o custo do combustível, manutenção dos veículos e pagamento de pessoal. Segundo a PBH, o valor da passagem deveria ser ainda maior, mas a prefeitura subsidia parte do custo para garantir a acessibilidade ao transporte público.
A administração municipal afirma que o reajuste é necessário para garantir a manutenção da qualidade do serviço e a realização de novos investimentos no sistema de transporte.
Atualmente, mais de 87% dos usuários do transporte público de Belo Horizonte utilizam o crédito eletrônico como forma de pagamento. Com as novas regras, a Prefeitura busca garantir a tranquilidade e a comodidade dos usuários durante esse período de transição.