Após 22 dias de greve dos servidores municipais, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) ofereceu uma nova proposta de reajuste para os trabalhadores. O aumento foi mantido em 6,2%, contudo, 2%¨seriam pagos em outubro e 4,2% em novembro deste ano. Anteriormente, o órgão havia proposto reajuste de 3,1% em junho deste ano e 3,1% em dezembro, mas que teria efeito apenas em janeiro de 2014. A proposta será analisada pelos grevistas nesta quinta-feira (23), quando a categoria realiza uma nova assembleia na Praça da Estação, no Centro da capital. O encontro ocorrerá às 9 horas. A PBH ofereceu, ainda, abono de R$ 200 para cerca de 25 mil servidores com pagamento em parcela única e antecipação do reajuste para agosto deste ano, caso a receita da Prefeitura (ROT) alcance R$ 5,281 bilhões, valor aprovado pela Câmara Municipal. Foram ofercidos também a implantação do Plano de Carreira dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e dos Agentes de Combate a Endemias (ACE), a partir de julho deste ano, e pagamento mensal, a partir de novembro deste ano, do prêmio pró-família, no valor de R$ 275 para os Agentes Comunitários de Saúde e de R$ 183 para os Agentes de Combate a Endemias. A prefeitura manteve o reajuste do vale-refeição em 13,33% a partir de dezembro, que passa para R$ 17. Para o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), a proposta significa um relativo avanço. Mas reafirmou que o aumento corresponde a reposição da inflação, não havendo ganho real para o servidor. Corte no ponto Os servidores grevistas se surpreenderam, nesta quarta-feira (21), ao terem descontados cinco dias de trabalho na folha de pagamento. Para o sindicato, o fim da greve pode estar condicionado à negociação do corte no ponto.“De forma alguma permitiremos que haja desconto na folha de pagamento dos servidores pelos dias não trabalhados durante a greve”, diz Célia de Lelis, presidente do Sindbel. Greve Desde o dia 30 de abril, os trabalhadores da saúde, educação, administração geral, fiscalização, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Sudecap, Belotur e fundações municipais de parque, cultura e zoobotânica estão em greve. A categoria exige reajuste salarial de 22% e aumento no valor do vale-refeição, além de outros sete pontos que estão na pauta de reivindicações.