PBH restaura calçadas para tentar mudar "visual" da Pampulha

Danilo Emerich - Hoje em Dia
18/06/2013 às 07:33.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:13

O mais famoso cartão-postal de Belo Horizonte ganhará um novo charme. Na quarta-feira (19), a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) apresenta ao Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural o projeto de requalificação das calçadas de toda a extensão da orla da Lagoa da Pampulha.

Segundo o gerente de Políticas de Uso e Ocupação do Solo da Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano, Tiago Esteves, a proposta é padronizar os dois lados da calçada da avenida Otacílio Negrão de Lima.

“A ideia é a padronização especial, para melhorar o visual da orla e dar mais acessibilidade aos portadores de deficiências física e visual”, explica Tiago Esteves.

Atualmente, as calçadas da orla são de cimento e apresentam desníveis, rachaduras e buracos em vários trechos, oferecendo riscos de acidentes. Reparos do pavimentos estão em curso.


Pedra Portuguesa

O projeto prevê dois tipos de passeios. Próximo aos pontos turísticos, como o Zoológico e Museu de Arte, o pavimento seria revestido de pedras portuguesas, igual ao usado nas calçadas do Hipercentro de Belo Horizonte.

No restante da orla, a opção seria a adoção de ladrilhos hidráulicos, ornamentados com pedras portuguesas. Além do novo tipo de calçada, o passeio contaria com piso podotátil – especial para pessoas com deficiência visual – e rampas.

No lado da lagoa, a adaptação do piso ficaria a cargo da PBH, ainda sem data para acontecer, porque a proposta também precisa ser aprovada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural. Atualmente, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) calcula o valor da obra.

“É preciso a aprovação do Conselho porque a área é tombada. Seus integrantes podem aprovar, rejeitar ou pedir alterações do projeto”, esclarece Esteves.


Organização

Para o arquiteto e urbanista Flávio Carsalade, a iniciativa é positiva e qualifica a orla. Ele afirma que a padronização providencia um tom de ordem, limpeza e organização.

“Isso evita que cada um faça do seu jeito e crie um “samba do crioulo doido”. A padronização é adotada em todo o mundo e não descaracteriza o local”, avalia.

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