Pelo menos 21 pessoas foram presas, nesta terça-feira (3), suspeitas de participar de fraudes em vestibulares de Minas Gerais e Rio de Janeiro. As prisões ocorreram durante uma operação da Polícia Civil batizada de “Hemostase”.
Conforme a corporação, as investigações, que duraram nove meses, apontaram que a quadrilha comercializava vagas em cursos de medicina de faculdades particulares, além de fraudar resultados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o que teria movimentado milhões de reais. O grupo oferecia informações privilegiadas sobre as provas para ingresso na graduação.
Somente nesta terça-feira, foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão, assim como 21 mandados de prisão, expedidos pela comarca de Caratinga, na Zona da Mata. A acão, envolvendo 180 policiais civis, um helicóptero e 38 viaturas, acontece nas cidades mineiras Caratinga, Juiz de Fora, Belo Horizonte, Barbacena, além de municípios fluminenses Nova Iguaçu, Rio de Janeiro e Itaperuna.
Ainda segundo a Polícia Civil, os presos, se condenados, poderão responder por crimes como associação criminosa, fraude de certames de interesse público, estelionato, falsificação de documentos públicos e de documentos particulares, falsidade ideológica, falsa identidade e lavagem de dinheiro.
Os detalhes sobre o esquema de fraude devem ser revelados pelo delegado Fernando Lima ainda nesta terça, já a operação foi denominada "Hemostase" em referência ao conjunto de procedimentos cirúrgicos para estancar uma hemorragia.