(Polícia Civil/Divulgação)
A Polícia Civil (PC) deflagrou, com apoio da Polícia Militar (PM), nesta quarta-feira (17), a segunda fase da operação “Quinta”, na zona rural de Leandro Ferreira, com o objetivo de desmantelar uma das mais perigosas quadrilhas de tráfico de drogas da região do Centro-Oeste do Estado. Adilson Borges da Silveira, 34 anos, e Khallil David Pereira de Lacerda, de 21, foram presos em um sítio, onde foram encontrados cerca de 180 plantas de maconha, armas e documentações suspeitas. Além de tráfico, a quadrilha é suspeita de cometer diversos homicídios na região. O líder da quadrilha Douglas Rodrigues Vieira, o DG, morreu na primeira etapa da operação, durante confronto com policiais civis, em 4 de dezembro,, em Pompéu, região Central do Estado. Segundo a PC, no sítio, haviam plantas de maconha já adultas e de tamanho intermediário. Para o cultivo das plantas, foi montado uma espécie de laboratório com estufas, no qual foi colocado lâmpadas de calor termo status, sacos vegetais e ventiladores. O laboratório contava ainda com paredes forradas de alumínio, entre outras ferramentas para o cultivo das plantas de maconha. A policia apreendeu também três frascos com uma substância semelhante a lança-perfume, uma pedra de crack, uma espigarda calibre 12, um revólver calibre .38 com numeração raspada, 29 munições calibre .380, 10 munições calibre .12, um simulacro de pistola, um veículo Toyota Corolla cinza e uma motocicleta Honda CG Titan azul. De acordo com a PC, foi encontrada ainda vasta documentação de origem suspeita. Os documentos seriam de Leonardo Tomaz Ribeiro, vulto Léo Pescoço, e de sua família. Conforme a PC, as investigações apontam o homem como o financiador da quadrilha de tráfico de drogas, que era encabeçada por DG. Entenda o caso Em 4 de dezembro, a primeira etapa da operação “Quinta”, da Polícia Civil, terminou na prisão de parte da quadrilha de tráfico de drogas apontada como a mais perigosa da região Centro-Oeste do Estado e na morte de seu líder, Douglas Rodrigues Vieira, o DG. A operação foi deflagrada simultaneamente em Pompéu, Nova Serrana, Passa Tempo, Oliveira, Bom Despacho, Pará de Minas, Divinópolis e Pitangui e é resultado de quatro meses de investigação. A quadrilha atuava em mais de 20 cidades do Centro-Oeste de Minas. “Os criminosos faziam de tudo para sustentar o tráfico de drogas. Eles matavam, roubavam, clonavam e furtavam veículos. Enfim, faziam uma série de barbaridades e aterrorizavam a população. Em três anos na chefia do departamento, essa foi a maior quadrilha que combatemos”, afirmou o delegado Alexandre Andrade Castro, um dos responsáveis pelo caso. A Polícia Civil conseguiu na Justiça pelo menos 25 mandados de prisão e outros 25 de busca e apreensão contra a quadrilha. Na primeira etapa da operação, seis pessoas foram presas, entre elas duas pessoas apontadas como o braço direito de DG: Marcos Cardoso de Jesus e Bruna Daniela Vieira. Géssika Viviane Silva Andrade, Rogério de Toledo Rodrigues, Isis Bispo Silva de Almeida e Walisson da Silva Ribeiro também foram presos. Bruna era irmã e Géssika a mulher de DG. Segundo o delegado, DG estava no comando da quadrilha há cerca de um ano e meio. “Antes, o tráfico de drogas estava desorganizado e ele chegou para assumir a liderança, juntando grupos de diversas cidades”. Conforme Castro, a polícia conseguiu apurar que DG matou ao menos duas pessoas em Nova Serrana, além de ser indicado como o mandante de diversos assassinatos na região. “Neste ano, Nova Serrana registrou mais de 40 homicídios. A maioria deles tem relação direta com a quadrilha de DG”. Na cidade, DG comandava mais de 90% do tráfico de drogas. “Em apenas um bairro ele não conseguiu liderar", afirmou o delegado. DG foi encontrado em um sítio, em Pompéu, região Central do Estado, no dia 4 de dezembro. Ele recebeu os policiais civis a tiros e os mesmos revidaram. Ele foi baleado e chegou a ser socorrido para uma unidade hospitalar, mas acabou morrendo no mesmo dia.