Pelo menos dez centros de saúde de Belo Horizonte estão com as atividades suspensas ou parcialmente interrompidas na manhã desta quinta-feira (25). O motivo é um protesto dos servidores da área da saúde que reclamam da retirada dos porteiros e da Guarda Municipal de dentro das unidades.
Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindbel), desde o segundo semestre do ano passado até o início deste ano foram registrados 40 casos de violência nos centros de saúde. “São ocorrências que vão desde roubo na unidade até ameaça de morte de médicos e enfermeiros. Além disso, os pacientes também ficam vulneráveis, já que bandidos estão entrando nos postos de saúde e assaltando as pessoas que aguardam pelo atendimento”, explica a diretora da área de saúde do Sindbel, Ângela de Assis.
Entre as unidades de saúde que estão com as atividades paralisadas está o Centro de Saúde Padre Tiago, na região da Pampulha, o Centro de Saúde Cafezal, no aglomerado da Serra, região Centro-Sul, o Centro de Saúde MG 20, no bairro Monte Azul e o Centro de Saúde Ribeiro de Abreu – ambos na região Norte da capital - e no Barreiro o Centro de Saúde Independência.
Na tarde desta quinta-feira, representantes do Conselho Municipal de Saúde participam de uma reunião com a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) com o objetivo de encontrar uma solução para o problema. Os servidores também prometem fazer um manifesto na porta da SMSA.
A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA) informou que não vai se posicionar sobre o assunto e que o balanço das unidades de saúde que tiveram o atendimento interrompido será divulgado no fim do dia.
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