Pesquisadores mineiros se preparam para explorar tumbas no Egito

Da Redação
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29/10/2018 às 17:27.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:30
 (Reprodução/Facebook)

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Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) se prepara para, em 10 de janeiro de 2019, embarcar para o Egito e iniciar a primeira fase de escavações em duas tumbas no país.

A exploração será feita na Tumba Tebana 123 (TT 123), na Necrópole de Luxor, e os arqueólogos irão estudar a sala anexa à câmara funerária, que tem cerca de 12 metros quadrados e pé direito de 5 metros. A sala será usada para acondicionamento e análise de material, que não pode deixar a Necrópole.

Comandada pelo professor José Roberto Pellini, a expedição faz parte do Projeto Amenenhet, em referência ao proprietário da TT 123, e integra o Programa Arqueológico Brasileiro no Egito (Bape, na sigla em inglês), criado em 2015 na Universidade Federal de Sergipe. No ano seguinte, o projeto foi aprovado pelo Ministério das Antiguidades egípcio e, no ano passado, foi trazido para a UFMG pelo professor.

A expectativa dos pesquisadores é positiva, uma vez que, em um primeiro esforço de limpeza da tumba, foram revelados pedaços de sarcófagos e múmias e uma estátua que indicam grande probabilidade de que a TT 123 esteja bem preservada. A expedição durará 50 dias e, em um segunda fase programada para 2020, vai explorar a câmara funerária.

Projeto extenso

Além da TT 123, o projeto também prepara estudos na TT 368, que tem um quarto da área da 123 e corre o risco de ruir, razão pela qual só poderá ser escavada depois de passar por serviços de estabilização da estrutura. “O retorno esperado da 368 é diferente, porque há indícios de que ela foi habitada no século 16”, salienta Pellini. 

“Trata-se de tumbas ainda inéditas e de grande potencial arqueológico. Já encontramos relevos e inscrições de boa qualidade e cenas raras ou mesmo inéditas”, explica o coordenador, que trabalha com arqueólogos egípcios e pesquisadores da Universidade Nacional de Córdoba, na Argentina. As múmias serão estudadas por antropólogas forenses da Corte de Haia.

(Com UFMG)

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