PF desarticula esquema de falsificação de anilhas de pássaros em Minas

Jefferson Delbem - Hoje em Dia
03/07/2013 às 11:59.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:43

Uma operação da Polícia federal (PF) é realizada na manhã desta quarta-feira (3) em Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão referente a um esquema de falsificação de anilhas de identificação para pássaros. Os envolvidos pretendiam "clonar" as numerações dos produtos legais e instalar em aves capturadas na natureza de forma irregular. Até o fim desta manhã, sete acusados tinham sido presos.

Intitulada "Operação Bastardos", o objetivo da PF é desarticular uma quadrilha especializada em fabricar e comercializar anilhas falsas. O grupo, que é da região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo, estava comercializando os produtos a criadores de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. As anilhas eram fabricadas em Padre Bernardo, em Goiás, onde recebiam a mesma numeração de outras já registradas no IBAMA, numa tentativa de burlar a fiscalização do órgão.

Conforme a PF, só no estado capixaba, aproximadamente cinco mil anilhas foram comercializadas nos últimos 12 meses. Elas eram incorporadas em diversas espécies de pássaros, mas a procura era maior era para os canários-da-terra, coleiros e trinca-ferros. Além disso, com os suspeitos foram apreendidos cerca de 300 canários-da-terra capturados da natureza. As aves apreendidas foram encaminhadas ao IBAMA para serem reintegradas à natureza.

Setenta policiais federais e 15 fiscais do IBAMA participam da operação, que pretende cumprir 15 mandados de busca e apreensão. Além de Minas, as abordagens ocorrem em Taguatinga (Distrito Federal); Padre Bernardo (Goiás); Franca e Ribeirão Preto (São Paulo); e Vitória, Vila Velha e Cariacica (Espírito Santo). Foi expedido também mandado de prisão preventiva para o fabricante das anilhas, que reside em Goiás.

Todos os envolvidos vão responder pelos crimes de falsificação e/ou adulteração de selo ou sinal público e formação de quadrilha. Os que atuavam também no comércio de pássaros vão responder ainda por transporte e venda de espécimes da fauna silvestre e maus-tratos a animais silvestres. No total, as penas variam de um a 12 anos de detenção.

 

(*) Com informações da Polícia Rodoviária Federal  

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