Policiais federais e civis cumprem 32 ordens judiciais (Agência Brasil)
Foi deflagrada, na manhã desta quinta-feira (28) a Operação Todos Pagam, da Polícia Federal (PF), com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas e de armas na região Norte de Minas Gerais, com ramificações no Estado do Mato Grosso do Sul.
Cerca de 110 Policiais Federais cumprem, simultaneamente, 68 mandados judiciais expedidos pela 1ª Vara Criminal Federal de Montes Claros, sendo 15 mandados de prisão temporária, 18 mandados de Busca e Apreensão e 35 mandados de sequestro de bens nas cidades mineiras de Belo Horizonte, São Joaquim de Bicas, Nova Porteirinha, Salinas, Padre Carvalho e Montes Claros, além da cidade de Iguatemi, no Mato Grosso do Sul.
O nome da operação é uma referência ao trabalho da PF na região, atuando em diversas modalidades de atos ilícitos para o bem-estar da sociedade. A coletiva de imprensa foi marcada para as 11h, na própria Delegacia da PF, em Montes Claros (MG).
Os materiais eram provenientes do Estado do Mato Grosso do Sul, que, ao chegar no norte de Minas, eram distribuídos nas demais cidades. A quadrillha também era responsável por realizar assaltos a empresários, roubos a agências lotéricas, dos Correios e a estabelecimentos comerciais e também a furto de veículos e bens de pessoas físicas.
Os acusados responderão por crimes de organização criminosa, posse e comércio ilegal de armas de fogo, furto, roubo, corrupção de testemunhas e lavagem de dinheiro. Somadas, cumulativamente, as penas máximas aplicadas podem ultrapassar a trinta anos.
No curso das investigações foi possível identificar que o grupo participou de crimes de grande repercussão, como o milionário assalto de pedras preciosas em Coronel Murta (MG), ocorrido em maio de 2015, e o recente assalto à agência dos correios de Itacambira (MG). Membros da organização também são responsáveis por roubo a agência dos correios de Padre Carvalho (MG), a lotérica da cidade de Fruta de Leite (MG) e em posto de combustível na BR-251. Com extrema violência, o grupo utilizava forte armamento, coletes a prova de balas, rádios e “viaturas” com plotagens falsas em suas ações criminosas.