(Fernando Michel/Hoje em Dia)
A Pfizer e a BioNTech comunicaram, nesta segunda-feira (20), que a vacina contra Covid-19 desenvolvida pelas empresas induz uma resposta imune robusta em crianças de 5 a 11 anos.
Segundo agências internacionais de notícias, os laboratórios planejam pedir autorização às autoridades dos Estados Unidos, da Europa e de outras localidades para que o imunizante seja aplicado nessa faixa etária o mais rápido possível.
As companhias dizem que o produto protegeu as crianças durante ensaio clínico de fases 2 e 3. Os resultados se equivalem ao que observaram anteriormente entre pessoas de 16 a 25 anos. O perfil de segurança também foi, em geral, comparável ao da faixa etária mais elevada.
"Desde julho, casos pediátricos de Covid aumentaram em cerca de 240% nos Estados Unidos, enfatizando a necessidade de saúde pública de vacinação", disse o presidente executivo da Pfizer, Albert Bourla, em comunicado à imprensa.
As internações e mortes pelo coronavírus aumentaram nos EUA nos últimos meses devido à variante Delta, altamente contagiosa. Casos pediátricos da doença também estão em alta, particularmente porque crianças com menos de 12 anos não estão sendo vacinadas. Não há, no entanto, nenhuma indicação de que a mutação seja mais perigosa para crianças.
A vacina Pfizer/BioNTech já está autorizada para aplicação em crianças a partir de 12 anos em vários países, incluindo os Estados Unidos e o Brasil, que aplica o produto nos adolescentes de até 17 anos, apesar das divergências entre o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o uso em jovens sem comorbidades.
No ensaio clínico, as crianças receberam uma dose de 10 microgramas da vacina, um terço do quantitativo dado a pessoas com mais de 12 anos. As empresas disseram esperar, até o quarto trimestre deste ano, os dados sobre como a vacina atua em crianças entre 2 e 5 anos e em bebês de 6 meses a 2 anos.
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