(Lucas Prates/Hoje em Dia)
Aeronautas e comissários paralisam suas atividades na manhã desta segunda-feira (19) em ao menos oito aeroportos do país. Apesar da convocação, em Belo Horizonte houve baixa adesão ao movimento grevista.
A paralisação também ocorreu nos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Brasília, Porto Alegre e Fortaleza, das 6h às 8h.
De acordo com o diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Roni Gaião, na capital mineira a paralisação não gerou impactos nos doze voos previstos para decolarem durante o ato.
(Lucas Prates/Hoje em Dia)
“Em BH, todos os voos decolaram. Acredito que é porque tem que ter adesão ao movimento grevista. Muitas vezes por medo de represálias os trabalhadores acabam não aderindo. Aqui em BH não tivemos muito sucesso”, afirma.
Gaião ressalta que em aeroportos como o de Congonhas, em São Paulo, Galeão e Santos Dumont, no Rio, a adesão foi maior e o impacto foi sentido pelos passageiros.
“Nesses locais o impacto foi maior, até mesmo pelo volume maior de voos do que aqui em Confins. Lá tiveram voos cancelados e atrasados, então o impacto foi maior”, garante.
No entanto, o representante do sindicato acredita no aumento da adesão ao movimento em BH nos próximos dias. “Esse é um movimento natural, ele vai pegando corpo. As pessoas se veem encorajadas a partir do momento que observam adesão maior em outros aeroportos. Acredito sim que nos próximos dias o movimento deva aumentar com a participação de mais aeronautas”, avaliou.
(Lucas Prates/Hoje em Dia)
No aeroporto internacional de Confins, apenas dois voos com destino a Vitória e ao Rio de Janeiro foram cancelados. No entanto, segundo a BH AirPort, o problema não está relacionado à greve.
Em nota, a BH Airport disse que possui um plano de contingência conjuntamente com as empresas aéreas e as autoridades aeroportuárias para ter o mínimo de impacto nos terminais de passageiros.
Conforme a empresa, neste momento, as operações ocorrem normalmente em Confins.
Greve
Pilotos e comissários de voo que atuam nas principais companhias aéreas do país aprovaram a deflagração de uma greve nacional. A decisão de cruzar os braços foi tomada em assembleia geral da categoria na última quinta-feira (15), segundo informou o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).
Os aeronautas reivindicam recomposição das perdas inflacionárias, além de um ganho real nos salários e benefícios. O sindicato da categoria argumenta que os altos preços das passagens aéreas têm gerado crescentes lucros para as empresas.
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