Pimentel é inocentado de acusações de caixa dois e tráfico de influência durante eleição de 2014
(Eugênio Moraes / Hoje em Dia)
O ex-governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) foi absolvido, na noite desta terça-feira (22), pelo Tribunal Regional Eleitoral. O petista respondia em liberdade pela condenação, em 2019, por tráfico de influência e lavagem de dinheiro, mas o recurso da defesa foi acatado.
O inquérito em que Pimentel foi investigado apurou supostas irregularidades de caixa 2 no período em que ele foi ministro do Desenvolvimento, no governo da presidente Dilma Rousseff (PT), entre 2011 e 2014.
De acordo com o advogado do político, Eugênio Pacelli, a decisão ainda não foi publicada no servidor do TRE-MG, porém, é um caso “exemplar”, em que o Ministério Público Eleitoral atuou junto à Justiça Eleitoral e se manifestou pela absolvição. “O julgamento por unanimidade não deixa dúvidas: Pimentel era e é inocente daquelas absurdas acusações”, afirmou Pacelli por meio de nota.
Em suas redes sociais, Pimentel agradeceu aos seus advogados, aos amigos e à família. E declarou que o tribunal fez justiça. “Fui absolvido, por unanimidade, no processo em que, em 2019, na 1ª instância, tinha sido condenado de forma absurda e inusitada”, escreveu.
Operação Acrônimo
A investigação da Operação Acrônimo foi feita pelo Ministério Público Federal e depois pelo Ministério Público Eleitoral. Na denúncia, Fernando Pimentel era suspeito de cometer tráfico de influência durante a negociação com o empresário José Auriemo Neto, um dos sócios da JHSF Incorporações, empresa que tinha o direito de operar no aeroporto Catarina, em São Roque, na Região Metropolitana de São Paulo.
Em troca da concessão, a empresa eria feito supostos repasses ao Partido dos Trabalhadores e ao então ministro do Desenvolvimento, durante a campanha eleitoral de 2014.