(Lucas Prates/ Hoje em Dia )
A cada mês, as escolas municipais de Belo Horizonte registram, em média, uma centena de delitos, entre roubos, arrombamentos, brigas entre alunos e até agressões a professores. Para tornar o ambiente escolar mais condizente com o aprendizado, a prefeitura aposta em uma fórmula de “pacificação” das 176 instituições de Ensino Fundamental do município. Na última terça-feira (2), foi lançado o Plano de Segurança Escolar da Rede Municipal, visando melhorar o convívio e prevenir as ocorrências. As ações, subdivididas em quatro eixos, serão implantadas gradativamente, a partir do ano que vem. Uma delas diz respeito à convivência escolar, hoje bastante conturbada e motivo de muitos dos casos. Apenas no ano passado, foram registradas 199 ocorrências de lesão corporal e outras cem de desacato, segundo a Guarda Municipal. Para tentar minimizar o problema, uma das ações será a distribuição de cartilhas, revistas e outros materiais educativos para conscientizar os alunos sobre o bom convívio, evitando também a ocorrência de bullying e desrespeito às diversidades. A previsão é a de que todas as ações sejam implantadas a partir do ano que vem, ao longo de 2016, com término em 2017. Outro eixo diz respeito à segurança do ambiente escolar. A principal medida é a implantação de câmeras de videomonitoramento em 80 escolas da rede. O custo será de R$ 4 milhões e o processo de licitação deve ser aberto no início do ano que vem. Atualmente, seis escolas contam com o sistema. A vigilância das imagens é feita pela Guarda Municipal, que também cede agentes às escolas – cada instituição conta com um guarda fixo. OUTROS EIXOS O terceiro eixo determina a criação de um manual de segurança escolar, a ser distribuído na rede municipal. O documento será redigido pelo Programa Rede Pela Paz e Núcleos da Gerência de Coordenação da Política Pedagógica e de Formação (GCPF). “O plano vai disponibilizar orientações para os professores. Eles saberão que tipo de ação tomar dependendo do evento que ocorrer no ambiente escolar”, explica a secretária Municipal de Educação, Sueli Baliza. Envolver a comunidade do entorno da escola e as famílias na construção de propostas é o que direciona as ações do quarto eixo.