PM acusado de assassinatos no Vale do Aço tem pedido de liberdade negado

Hoje em Dia
21/08/2013 às 17:30.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:11

Um policial militar preso por suspeita de envolvimento em assassinatos no Vale do Aço teve o pedido de liberdade negado pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Victor Emmanuel Miranda de Andrade foi indiciado pela Polícia Civil (PC) durante uma força-tarefa instaurada na região para apurar a morte de um jornalista e um repórter fotográfico no início do ano.    No pedido, a defesa do acusado alegou que a prisão preventiva não poderia ter sido decretada porque alguns requisitos básicos para isso não teriam sido observados, ou seja, evitar que o suspeito cometesse outros crimes ou prejudicar o andamento das investigações. Além disso, a defesa argumentou que o policial era réu primário, tinha bons antecedentes, exercendo atividade lícita e “ostentando ilibado comportamento profissional”.   Durante o julgamento do pedido, o advogado Leon Bambirra Obregon Gonçalves pediu a desconstituição do decreto de prisão preventiva, afirmando que o fato de o acusado ser policial militar não é fundamento para que ele seja mantido preso. O defensor acrescentou ainda que o seu cliente estava na cidade de Lavras na data do suposto assassinato e que a única motivação para a prisão dele foi o depoimento de uma vítima. “Para prisão preventiva deve haver demonstração do risco que o acusado representa para a sociedade”, declarou.   Entretanto, o desembargador Corrêa Camargo afirmou que o pleito de revogação da prisão preventiva não se sustentava. “Elementos concretos evidenciam a necessidade da segregação cautelar do paciente para garantia da ordem pública, principalmente sua reiterada prática delitiva, tendo ele inclusive sido pronunciado em três processos criminais diversos, conforme se infere da certidão de antecedentes criminais”, considerou, denegando a ordem.   Conforme informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o militar é acusado de mandar matar Cleidson Mendes do Nascimento, conhecido como "Cabeça", em setembro de 2011. Ainda de acordo com os autos, a vítima teria testemunhado contra o policial em uma audiência em que Victor Emmnauel era apontado como suspeito de outro assassinato ocorrido em 2007.

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