Prevenção

PM reforça presença em escolas de Minas em meio a casos de violência no país

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
10/04/2023 às 11:37.
Atualizado em 10/04/2023 às 12:12
 (Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

Fortalecimento da rede proteção e recolhimento de informações sobre possíveis ameaças às escolas de Minas será o foco de policiais militares em visitas às unidades de ensino. As ações fazem parte da 'Operação de Proteção Escolar', lançada nesta segunda-feira (10), que contará com o reforço de 127 novas viaturas. 

O anúncio do reforço ocorre em meio a onda de violência contra instituições de ensino no país. Em caso recente, registrado na última quarta-feira (5), um ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), deixou quatro crianças mortas e outras cinco feridas com golpes de uma machadinha. O suspeito do crime, um homem de 25 anos, se entregou à polícia instantes depois e confessou a autoria. 

Para prevenir tragédias do tipo, a Polícia Militar vai intensificar a presença de patrulha escolar em todas as escolas do Estado. Unidades de ensino municipais também serão contempladas em ação integrada com a Guarda Municipal, assim como escolas particulares que aderirem ao programa. A ideia é criar um conselho comunitário de segurança escolar, que reúne professores, pais, alunos e a polícia. 

"Todo batalhão da PM tem o serviço de patrulha escolar, tem o programa de resistência às drogas e o programa educacional ambiental. Todo município receberá algum serviço do nosso portfólio, um policial militar para mobilizar essa rede de proteção", explicou o capitão Cristiano Araújo, do Centro de Jornalismo Policial (CJP). 

Em Belo Horizonte, mais de 160 policiais foram mobilizados para atuar na operação. Segundo o capitão, as visitas às unidades terão como prioridade o diálogo com a comunidade escolar para prevenir, colher e verificar informações sobre possíveis ameaças. 

"Foco ativo no fortalecimento na rede de proteção escolar. O policial que fazia as visitas preventivas, também com foco nessa mobilização, agora está tratando como prioridade a articulação com os professores e diretores, participação ativa da comunidade escolar, por meio dos pais, assim como a maturação de qualquer informação de segurança junto aos alunos", explica. 

O capitão ressalta que a comunidade escolar tem uma participação importante no combate à violência. "São eles que têm aquela informação, detalhe ou indivíduo suspeito que às vezes passa várias vezes na porta da escola, ou o próprio funcionário. É essa rede que faz com que a informação chegue à PM de forma rápida. A participação de todos faz com que a gente se fortaleça para prevenir a violência nas escolas. 

Fake News 

O porta-voz da PM alerta ainda para que a população evite consumir notícias falsas, disseminadas no ambiente escolar por meio de redes sociais, que tem o intuito de causar sensação de insegurança nas escolas. "É importante que todos se atentem para não consumir de forma imediata como uma verdade as informações que circulam pela internet, às vezes uma peça gráfica ou algum vídeo", afirma.

O capitão ainda comentou sobre a suposta "lista do massacre", que circulou nas redes sociais. A publicação indicava que os atos de violência poderiam ocorrer em cinco Estados, entre eles Minas Gerais, onde 35 cidades foram listadas.

"Tivemos isso no fim de semana, mas verificamos que se tratava de fake news. É importante que isso chegue à PM para que a gente apure e faça as informações necessárias", afirma. 

O caso, segundo o militar, também será investigado pela Polícia Cívil, com o intuito de localizar os responsáveis pela publicação do conteúdo.

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