(Maurício Vieira/Hoje em Dia)
Em dia de greve geral convocada por sindicalistas de todo o país, a Polícia Militar reforçou a segurança nas estações de ônibus de Belo Horizonte para garantir a circulação dos veículos. Na Vilarinho, região de Venda Nova, agentes fardados eram vistos por todos os lados, na manhã desta sexta-feira (14).
A presença dos policiais, das viaturas e da cavalaria da corporação surpreendeu os passageiros, que aprovaram a medida. Os motoristas do transporte coletivo não aderiram às paralisações e, conforme um segurança da estação, o funcionamento no local foi normal. Mas alguns usuários reclamaram da demoram entre as viagens.
Essa foi a percepção da doméstica Eliana Alves Batista, e das diaristas Renata Reis e Vanessa Martins. As três pegam coletivos na estação todos os dias, mas nesta sexta notaram o espaço mais cheio e o intervalo maior entre os ônibus. “Além dos ônibus passarem lotados, o trânsito também está complicado. Parece que todo mundo quis sair de carro hoje”, observou Reis.
Revolta
O empreiteiro de obras Kileson Teles, de 49 anos, esteve na Estação Vilarinho para procurar o metrô e se revoltou ao encontrar o terminal fechado. Ele repudiou à greve, que considera ser ilegal. "A CBTU conseguiu uma liminar determinando o funcionamento do metrô, mas eles (sindicatos) preferem catimbar o país. Sou totalmente contra esse protesto, que é um ato político". Morador de Justinópolis, na Grande BH, ele iria voltar para casa alegando não ter como chegar no trabalho de ônibus.
A auxiliar de serviços gerais Aline Rodrigues, de 38, também ficou perdida sem saber que ônibus pegar, já que está acostumada com o metrô. Mas apesar do transtorno, ela acha que o movimento é válido. "Com a Reforma da Previdência eu vou aposentar quando? Quando tiver 100 anos?", questionou.
Protesto
A pauta principal da greve geral, segundo centrais sindicais, é manifestar contra à proposta do governo para a reforma da Previdência, mas também estão entre as reivindicações maior geração de empregos formais, retomada do crescimento da economia e protestar contra o contingenciamento na Educação.
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