PM vai disponibilizar apostilas do Proerd em braile para crianças com deficiência visual
(Fernando Michel/Hoje em Dia)
Um projeto de inclusão social vai disponibilizar apostilas do Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência (Proerd) em braile para crianças com deficiência visual. O projeto "Proerd Inclusivo" foi lançado nesta quinta-feira (29) pela Polícia Militar de Minas Gerais.
A iniciativa é uma parceria com o Instituto São Rafael, de Belo Horizonte, conhecido como um dos principais centros de referência em atendimento especializado a pacientes com diferentes tipos de deficiência visual na capital e na região Metropolitana.
De acordo com o tenente-coronel Alexandre Barboza de Oliveira, comandante do 1º BPM, uma versão piloto já foi realizada com alunos do instituto e, agora, o projeto está pronto para ganhar o Estado.
"O instituto transcreveu o material que já utilizamos para o braile e será disponibilizado nas escolas de municípios quem tenham essa demanda", explicou o coronel. Ele não especificou quantos materiais serão inicialmente disponibilizados e quantas cidades serão beneficiadas.
De acordo com o militar, o projeto é uma oportunidade de “igualar o tratamento” com crianças que não têm deficiência.
"Ao ler em braile, os jovens com deficiência poderão fixar melhor o conteúdo disponível nos materiais. Apesar de poderem escutar, quando a criança tem acesso à leitura ela fixa melhor o conteúdo, tendo a oportunidade de ler quantas vezes quiser. Ampliamos o atendimento e tornamos o processo mais igualitário", disse Alexandre Barboza de Oliveira.
O que é o Proerd?
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o Proerd foi criado em 1992, no Rio de Janeiro, e inspirado em um modelo criado em 1983 nos EUA. O foco são os estudantes do quinto ano do Ensino Fundamental das redes pública e particular.
O programa compreende um curso de quatro meses, ministrado por policiais militares voluntários, e tem ênfase na prevenção do uso de drogas, mostrando ao estudante como se manter longe de más companhias, resistir às pressões diretas ou indiretas e acionar os pais ou responsáveis quando necessário.
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