Poda de árvore lidera pedidos de socorro à prefeitura da capital

RENATO FONSECA - Hoje em Dia
07/02/2014 às 08:28.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:52
 (Ricardo Bastos)

(Ricardo Bastos)

Nada menos do que 22.440 solicitações para corte ou poda de árvore foram feitas à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em 2013. A média de mais 60 pedidos por dia coloca a demanda no topo dos serviços mais exigidos pelos moradores da capital. O balanço de atendimento ao cidadão, por meio de telefone, internet ou presencialmente, foi informado na última quinta-feira (6) pela administração municipal.

Na sequência dos principais pedidos de socorro à PBH estão o controle de roedores, com 21.046 reclamações, e as de tapar buracos que engolem vias públicas, com 18.123. Ao todo, foram 210.463 registros no ano passado. Em relação a 2012 houve ligeira queda nos números. As três principais demandas são as mesmas, mas, agora, as árvores ocupam a primeira posição.

O clamor do cidadão para as podas e cortes das plantas remetem à polêmica sobre a falta de vistoria e a manutenção correta das espécies. Isso porque especialistas defendem a reavaliação da forma como o serviço é executado na capital.

Segundo o biólogo e consultor ambiental Diego Lara, na maioria das vezes o serviço é pontual, devido à necessidade de se evitar danos à rede elétrica. Porém, ele afirma que essa intervenção é extremamente necessária.

“A poda feita de maneira correta e na hora certa mantém a árvore viva. Ela evita contaminações e o crescimento desordenado dos galhos. Se esse serviço não for feito quando necessário, toda a estrutura da planta pode ser comprometida”, afirma Diego Lara.

Ratos

Resultado, principalmente, do acúmulo de lixo e entulho, a presença de roedores na cidade pode trazer graves problemas, como a transmissão de doenças. A leptospirose é a principal delas. “A participação da população é fundamental. Acondicionar bem o lixo e mater lotes limpos é fundamental”, alerta o engenheiro sanitarista Rodrigo Santana.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o controle de roedores em BH é realizado por meio de ações programadas em áreas de maior infestação, como beira de córregos e vilas. Nas visitas, os agentes da PBH avaliam se há necessidade de aplicar o raticida (veneno).

No caso das árvores, o departamento de Gestão Ambiental, da Secretaria de Meio Ambiente, informou que técnicos de todas as regionais fazem um trabalho criterioso de vistoria. Atualmente, há 465 mil plantas em BH, conforme o balanço parcial do inventário das árvores.

Ainda conforme a PBH, as obras de recapeamento realizadas pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) obedecem lista de prioridades determinadas em comum acordo com as regionais e BHTrans. Em 2013, foram gastos R$ 44 milhões neste serviço em mais de 100km de vias.

Atendimento

Após fazer a solicitação nos canais de atendimento da PBH, o cidadão recebe um número de protocolo, que permite acompanhar o processo. A demanda é encaminhada para a unidade responsável. Cada pedido tem prazos de execução distintos. No caso do controle de roedores são dez dias úteis e para tapa-buracos são cinco. Já para a poda de árvore são 15 dias para uma vistoria e até 60 para realizar do trabalho.
 

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