Polícia Civil apresenta quadrilha chefiada por guarda municipal

Sete integrantes de uma quadrilha que atuava na região de Venda Nova foram apresentados na manhã desta terça-feira (11) em Belo Horizonte. O grupo foi preso na última sexta-feira (7) durante a operação "Faixa de Gaza", que tinha como objetivo combater o tráfico de drogas na região. Além das prisões, a Polícia Civil também cumpriu outros 35 mandados de busca e apreensão.    Segundo a delegada Flávia Portes, a quadrilha era chefiada pelo ex-integrante da Guarda Municipal, Marcelo Júnior de Oliveira, de 31 anos. Conforme as investigações, ele seria responsável pelo armamento do grupo e também por distribuir os entorpecentes aos demais integrantes da quadrilha para que fossem vendidos nos bairros Jardim Europa e Jardim Comerciários, além de fornecer droga para os municípios de Ipatinga, Teófilo Otoni e Itaobim. Entretanto, o suspeito ainda não foi localizado e está foragido da Justiça.    Entre os presos estão quatro mulheres e três homens, entre eles inclusive uma mãe e um filho. Igor Maurício Freitas Gonçalves, conhecido como "Tom", seria o principal comparsa de Marcelo Júnior e, conforme as investigações, seria o autor de vários homicídios na região de atuação da quadrilha. Além disso, o suspeito tem várias passagens pela polícia por homicídio consumado e tentado, além de disparo de arma de fogo em via pública. Já sua mãe, Maria das Graças Freitas Gonçalves, foi presa sob acusação de auxiliar administrativamente a organização criminosa.   Ainda na operação, foram presos Vitor Endri Fonseca, vulgo "Vitinho", Sheila Martins de Melo, a "Gordinha", Tereza Morais Siqueira, Thelmer Rangel Otoni e Nayara Suellen dos Santos Ferreira, esposa de Marcelo Júnior. Segundo a delegada Flávia Portes, cada um dos suspeitos tinha uma função bem definida dentro da organização criminosa, entre elas o monitoramento da ação da polícia na região, o abastecimento de bocas de fumo e a venda de drogas em bares de Venda Nova.    Além do ex-Guarda Civil, a polícia ainda procura por outros três suspeitos de integrar a quadrilha. Ardiles Magnus Cláudio de Melo, o "Gal", que também estaria na chefia da organização criminosa, Maicon Michelin da Silva, o "Maiquinho", que organizava os pontos de venda de drogas e recebia o dinheiro do comércio ilício, e Rafael Sanzio Martins de Melo, o "Rafaelzinho", acusado de matar dois líderes de uma facção rival. Além disso, Rafael é irmão de Sheila Martins e já foi condenado a cinco anos de prisão.