Polícia Civil indicia PM por morte de namorada em BH

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
06/04/2016 às 15:12.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:49
 (Polícia Civil/Divulgação)

(Polícia Civil/Divulgação)

Após dois anos de investigação, a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o assassinato de Natália Aparecida Correa e indiciou o namorado dela, um sargento da Polícia Militar.

O homicídio aconteceu em 8 de fevereiro de 2014 no bairro Santa Mônica, região de Venda Nova, em Belo Horizonte. De acordo a investigação, o crime foi motivado por ciúmes e pelo fato do suspeito não aceitar o fim do relacionamento com a vítima.

Na ocasião, o sargento negou participação no assassinato e contou que a namorada atirou contra a própria cabeça. Contudo, perícia realizada no corpo da vítima descartou a possibilidade dela ter se matado.

Pelo crime, o suspeito vai responder por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Além da Polícia Civil, ele também já foi denunciado pelo Ministério Público.

Além do indiciamento, a Polícia Civil também pediu o afastamento do PM da corporação e a suspensão do porte de arma.

Contradições

O depoimento do suspeito de que a namorada teria cometido se matado não convenceu os investigadores, que, após perícia, constararam que o projétil transfixou a região posterior da cabeça da vítima, sendo o disparo realizado na direção de baixo para cima. Sendo assim, conforme a Polícia Civil, o suicídio era incompatível com o orifício de entrada encontrado no corpo de Natália.  

O fato do sargento também ter falado que socorreu a vítima com vida também causou estranheza, uma vez que exame de necropsia comprovou que a mulher teve morte imediata.

Além disso, os policiais não encontraram vestígios de sangue nas roupas do homem, mas encontraram o líquido em diversos cômodos da residência onde aconteceu o crime. “Tal incoerência confere indícios de que o investigado, mesmo já ciente do óbito da vítima, quis retirá-la do local, o que inevitavelmente comprometeria a perícia técnica em seu exame de perinecroscopia”, salientou a delegada que coordenou as investigações, Indiara Froes.

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