Polícia Civil prende integrantes de quadrilha especializada em golpes bancários realizados em Minas

Da Redação
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04/02/2021 às 15:05.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:06
 (Divulgação/PCMG)

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Dez pessoas foram presas durante três etapas de uma operação realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais. Os suspeitos são integrantes de uma organização criminosa, especializada em fraudes bancárias, que atua em todo o território mineiro e nacional. As prisões foram feitas em Minas, São Paulo e Rio de Janeiro.

O grupo aplicava o golpe há cerca de quatro anos e ostentava uma vida de luxo nas redes sociais. Segundo a corporação, em informações divulgadas nesta quinta-feira (4), o prejuízo às vítimas foi estimado em mais de R$ 2 milhões.

As investigações tiveram início em junho de 2019, quando a Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Roubo a Banco, do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), notou um aumento do número de fraudes bancárias em Minas.

Com os levantamentos, os policiais identificaram, inicialmente, três suspeitos. Eles foram presos em flagrante em julho do ano passado. Na ocasião, foram apreendidos materiais que seriam usados nos crimes, como máquinas de cartões, documentos adulterados, cartões de crédito em nome de terceiros, solventes e produtos utilizados para “lavar” documentos, impressora, entre outros.

Dando continuidade às apurações, os policiais identificaram mais três integrantes do grupo. Dois foram presos em Contagem, na Região Metropolitana de BH, no dia 17 de setembro. O outro investigado estava com mandado de prisão em aberto e foragido. Os trabalhos de busca culminaram na prisão dele, no último dia 23, na cidade de São Paulo.

Já na terceira fase da operação, os policiais identificaram mais quatro integrantes da organização criminosa, que foram presos em dezembro de 2020. Um deles estava foragido no Rio de Janeiro. “Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de estelionato, falsificação de documento público e privado e organização criminosa, podendo chegar a 20 anos de prisão”, contou o delegado responsável pela investigação, Gustavo Barletta.

Outros seis integrantes da quadrilha foram identificados. Entre eles, quatro estão com mandados de prisão em aberto, em situação de foragidos. Os outros dois tiveram sugeridas suas prisões preventivas, aguardando o parecer da Justiça. As investigações continuam.

Entenda

Segundo a Polícia Civil, um dos suspeitos é proprietário de uma empresa e o responsável por repassar aos demais integrantes os dados pessoais de futuras vítima, como nome, dados de documentos e endereços. Munidos de todas as informações pessoais, eles realizavam a adulteração da carteira de motorista por computador, trocando a foto da vítima pela fotografia de um dos estelionatários.

Com o documento falso em mãos, solicitavam abertura de conta e cartões de crédito em bancos virtuais. Os cartões em nome das vítimas, logo quando chegavam aos golpistas, eram desbloqueados e todo valor do limite descarregado nas máquinas pertencentes à organização. Eles também eram usados em compras pela internet e em viagens. Em outros casos, os documentos eram utilizados em financiamento de veículos.

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