(Divulgação)
A Polícia Civil encaminhou à Prefeitura de Belo Horizonte e ao Corpo de Bombeiros o pedido de informações a respeito da regularidade da boate Hangar 677, no bairro Olhos D'água, na região Oeste de Belo Horizonte. Em menos de dois meses, a casa de shows registrou dois casos de agressões graves. Para a corporação, a fragilidade na segurança do local estaria colocando os frequentadores em situação de vulnerabilidade e de risco.
O primeiro caso foi no dia 9 de setembro, quando o estudante de medicina Henrique Papini, de 22 anos, foi espancado do lado de fora da boate. A violência teria sido motivada por ciúmes do ex-namorado da jovem que o acompanhava. Já no último dia 2 novembro, o estudante Pedro Henrique de Oliveira Rocha, de 22 anos, foi agredido na porta da boate por um grupo de jovens.
O delegado Flávio Grossi, responsável pelos dois casos, explica que pedirá a documentação que comprove a regularidade do funcionamento do local. “Além desses dois casos de agressão, temos várias ocorrências registradas nesta boate por causa de brigas. Quero saber se o espaço atende as normas estabelecidas pela lei”.
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte através da Regional Oeste informou que a boate Hangar não possui alvará de funcionamento e que esporadicamente os eventos que se realizam no local são licenciados pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana (SMARU).
Depoimento de vítima
Além disso, o delegado também vai intimar a prestar esclarecimentos o chefe da segurança do local e a administração. Nesta segunda-feira (7), investigadores estiveram com o estudante Pedro Henrique. “A equipe foi à casa da vítima ver seu estado de saúde e a possibilidade dele prestar depoimento”, disse o delegado. O estudante será ouvido pela corporação nesta semana. Nos próximos dias ele também será avaliado por médicos para a realização de uma cirurgia plástica para colocar uma prótese e reconstituir o nariz.
Em nota, a boate Hangar 677 informou que se posiciona contra qualquer tipo violência, uma vez que a sua "essência é proporcionar lazer, diversão e cultura aos seus clientes". A empresa destacou ainda que cumpre todas as exigências legais para o seu funcionamento, como alvarás, laudos do Corpo de Bombeiros e demais documentações que atestam a segurança no local.
Em relação às brigas, a boate informou que no caso do estudante Henrique Papini,a briga aconteceu fora das dependências da casa de shows. Já a agressão envolvendo Pedro Rocha, a empresa disse que prestou assistência à vítima com o auxílio dos seguranças para separar a briga e com o transporte de ambulância até o hospital. A família da vítima nega a prestação de socorro.
O delegado Flávio Grossi deverá finalizar o inquérito envolvendo os agressores do estudante Henrique Papini, de 22 anos, nesta semana. Grossi espera apenas a conclusão do último laudo pericial da vítima. Ele foi espancado na porta da boate em setembro deste ano. A motivação para o crime seria ciúmes do ex-namorado da jovem que o acompanhava. Os advogados dos suspeitos foram procurados para falarem sobre o assunto, mas ninguém foi localizado.
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