Polícia faz reconstituição da morte de menina de 10 anos em Teófilo Otoni

Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia
20/02/2013 às 16:52.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:11
 (Cristina Moutinho/Jornal Visão dos Vales)

(Cristina Moutinho/Jornal Visão dos Vales)

TEÓFILO OTONI – A reconstituição da morte de Taylane Batista Dias, de 10 anos, realizado na manhã desta quarta-feira (20) na zona rural de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, retratou a frieza do assassino e o sofrimento da menina franzina e tímida, estuprada e estrangulada a poucos metros de casa. Também revoltou moradores da comunidade onde a menina morava com a família. A revolta e indignação levaram o delegado regional Alberto Tadeu a requisitar à direção do presídio para onde o acusado Milton Rodrigues dos Santos, de 28 anos, foi encaminhado, medidas de segurança que preservem a integridade física dele. “Fiz o pedido em letras garrafais. Esse rapaz é um assassino confesso e corre risco de sofrer retaliações dos outros presos”, justifica.    O policial também encaminharia nesta quarta-feira um pedido ao juízo criminal da comarca de Teófilo Otoni para que o acusado seja transferido para outra cidade, o mais breve possível. “É obrigação do Estado cuidar para que tenha sua integridade física preservada e cumpra a pena”, repetiu.    A reconstituição começou por volta das 9h40. Uma boneca foi usada e com ela Santos mostrou como atraiu, estuprou, estrangulou e enterrou a menina em um canavial. Ele teria contado que chorando muito, Taylane alertou o suspeito de que falaria tudo para à mãe. Foi nesse momento que decidiu matá-la, segurando-a pelo pescoço. “Ele detalhou todo o sofrimento e reação da menina. Mostrou como debateu as perninhas no momento em que era estrangulada”, conta o delegado. Á noite, quando toda a vizinhança ajudava nas buscas, voltou ao canavial para enterrar o corpo que havia abandonado.   Taylane desapareceu na manhã do dia 9, véspera do feriado de Carnaval e o corpo foi encontrado no último domingo (17). O padrastro dela chegou a ser detido para investigações, mas foi solto por falta de provas. No velório e enterro da criança, investigadores ouviram moradores que falaram da chegada de Milton, um foragido da Justiça, à pequena comunidade e ele passou a ser investigado.    A polícia descobriu que o foragido havia sido preso há dois anos por ter matado um desafeto com sete facadas e fugiu do presídio de Itambacuri depois de receber o benefício da saída temporária, em agosto do ano passado. Quando cometeu o crime Milton estava hospedado na casa de um tio, vizinho da família de Taylane, há dois dias. “Ele viu a menina vindo pela estrada e resolveu segui-la”, concluiu o delegado.

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