(Renato Cobucci)
A Delegacia de Repressão a Drogas da Superintendência de Polícia Federal em Minas Gerais identificou uma organização criminosa que pretendia remeter 10 kg de skunk (um tipo de maconha) de Manaus (AM) para João Pessoa (PB), utilizando como rota de transporte voos com escala no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A conclusão do inquérito foi apresentado nesta quarta-feira (16). E segundo as investigações, até o momento, cinco brasileiros foram identificados como integrantes da quadrilha.
As investigações tiveram início no dia 16 de março deste ano, quando um casal de brasileiros foi preso em flagrante pela Polícia Federal, no aeroporto de Porto Velho (RO), com 20 kg de skunk, no momento em que embarcavam em voo doméstico com destino ao Rio de Janeiro. A droga estava dentro da bagagem.
Durante o interrogatório, o casal acabou confessando o crime e contou que fazia parte de uma quadrilha especializada no tráfico de skunk para diversos estados brasileiros e que, naquela mesma data, uma brasileira havia embarcado em outro voo com destino a João Pessoa (PB). A mulher então foi localizada em um hotel perto do aeroporto de Confins, porque havia perdido uma das conexões de seu voo e acabou tendo a mala extraviada. Mas contou que havia sido paga para transportar a mala, negando saber qual o conteúdo transportado.
A mala foi encontrada no dia 17 de março e entregue à Polícia Federal em Belo Horizonte pela empresa aérea. No interior da mala, foram encontrados 10 kg de skunk. Mas a mulher já tinha ido embora de Minas Gerais.
A PF então descobriu que a dupla presa em Porto Velho, além de realizar o transporte da droga apreendida, foi responsável pelo aliciamento da mulher abordada em Confins, assim como intermediou o contato entre ela e os dois líderes da organização criminosa, que foram localizados em Manaus (AM) e presos.
Os cinco suspeitos foram indiciados pela prática dos crimes de tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico de drogas e organização criminosa, com penas que podem chegar a 20 anos de reclusão.
O inquérito policial foi enviado à Justiça Criminal de Pedro Leopoldo (MG), tendo a Polícia Federal representado, ainda, pela decretação das prisões preventivas dos investigados também pela Justiça mineira.
* Fonte: Polícia Federal