Polícia investiga quatro suspeitos de matar advogado na Pampulha, mas ninguém foi preso

Quatro pessoas estão sendo investigadas pela Polícia Civil por suspeita de participação na morte do advogado Jayme Eulálio de Oliveira, ocorrida na noite de terça-feira (22), no bairro Castelo, região da Pampulha, em BH.

Em nota, a PC negou que dois autores dos disparos teriam sido identificados. A corporação também está investigando a origem das armas utilizadas no assassinato, que são exclusivas do Exército e das policiais Civil e Militar. Existe a suspeita de que o armamento tenha sido furtado de uma Companhia da PM, porém a hipótese ainda não foi confirmada.

De acordo com o chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Vagner Pinto, testemunhas apontaram pelo menos quatro pessoas como suspeitas de cometer o crime. Os nomes não foram divulgados, mas elas serão convocadas para prestar depoimento.

Até o momento, contudo, ninguém foi detido, a polícia não solicitou à Justiça mandado de prisão e "ainda não há elementos capazes de sustentar juridicamente qualquer das quatro linhas de investigação em curso", informa a nota.

Ainda segundo a Polícia Civil, o trabalho está concentrado em checar as informações para confirmar a autoria e a motivação do assassinato do advogado.

As imagens do circuito de segurança do prédio onde a vítima morava foram recolhidas e estão sendo analisadas pelo delegado Rodrigo Bossi, da Delegacia de Homicídios da Regional Noroeste, responsável pelas investigações. Testemunhas também foram convocadas e devem ajudar a esclarecer o caso.


O crime

O automóvel em que Jayme Eulálio estava ficou marcado pelos tiros. Ele foi morto com disparos de fuzil no momento em que chegava em sua casa. Dois homens, ambos encapuzados, são os suspeitos da morte.
 
Uma amiga da família, que não quis ser identificada, disse que as imagens das câmeras do circuito de segurança mostraram os dois homens dentro de um Palio Weekend, de cor verde, estacionado em frente ao prédio do advogado.

Por volta das 18h25, Jayme parou o Ford Fusion em frente à garagem do edifício. Ele foi surpreendido pela dupla, que atirou várias vezes. Ainda segundo a testemunha, a esposa da vítima e o filho, de 4 anos, escutaram o barulho dos tiros. A mulher ligou para o marido para avisar que estava ocorrendo algo de estranho na porta da residência do casal, porém não imaginava que ele havia sido executado.

Conforme a polícia, mais de 30 capsulas, de fuzil e pistola calibre .40, ambas de uso restrito das Forças Armadas, foram recolhidas do local.