Polícia Militar recebe visita de japoneses para discutir policiamento comunitário

Sara Lira - Hoje em Dia
25/02/2015 às 14:37.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:08
 (Carlos Rhienck/ Hoje em Dia)

(Carlos Rhienck/ Hoje em Dia)

A Polícia Militar recebe nesta quarta-feira (25) uma comitiva de policiais japoneses que vão avaliar a forma como a corporação mineira trabalha com a questão do policiamento comunitário no estado.

Os agentes estão em Belo Horizonte desde a última segunda-feira e visitaram algumas unidades da PM. Nesta quarta, pela manhã, eles foram até a sede da Academia de Polícia Militar e a recém-instalada base comunitária Móvel dos bairros Calafate e Prado. Durante a tarde, a visita será em outra base de Contagem, na Grande BH.

A comitiva é formada pelos peritos Katsuya Endo, da Província de Kanagawa; Akemi Shibuya, da Província Saitama; e pelo capitão Maurício Pavão Flores, representante da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), ligada ao Ministério da Justiça.

O objetivo é que os japoneses verifiquem como a PMMG tem aplicado o método Koban, uma das ferramentas, usadas no país asiático, para implementação da polícia comunitária. “É uma estratégia de policiamento onde tenha postos policiais próximos da população”, explicou o oficial da Base Comunitária Móvel da Academia de Polícia Militar, capitão Robson Romie.

Capacitação

A partir de agora, Minas é um dos estados capacitados pela Senasp para ministrar cursos do método Koban para policiais oficiais de todo o país. Além da polícia militar mineira, as corporações do Rio Grande do Sul e de São Paulo já são aptas.

“Os resultados que vemos dessa implementação é que a PM se torna mais pró-ativa e próxima da comunidade”, informou o capitão Maurício Pavão Flores, representante do órgão.

Para o perito Katsuya Endo, a Polícia de Minas está preparada para executar as ações do sistema koban no policiamento comunitário. “É uma polícia de prevenção, que vive junto da comunidade. As ações na teoria estão ótimas, basta multiplicar esse conhecimento”, disse.

Nesta quinta e sexta-feiras a comitiva japonesa participa do VI Seminário Internacional de Policiamento Comunitário – Sistema Koban, que também receberá policiais militares de todo o país.
 

Veja fotos da visita da comitiva na manhã desta quinta:

Fotos: Carlos Rhienck/ Hoje em Dia

 

Bases comunitárias em Minas

Belo Horizonte conta, atualmente, com 21 bases comunitárias, sendo uma fixa em Venda Nova e o restante móveis, espalhadas por todas as unidades militares da capital. De acordo com o chefe da seção de Polícia Comunitária, major Alexandre Magno, o objetivo atual é aperfeiçoar a qualidade do serviço, expandindo a atuação dos militares que atuam nessas bases.

“Queremos aumentar a sensação de segurança, resolver crimes de menor potencial ofensivo e também a degradação ambiental”, afirmou. No total, em toda a Minas Gerais existem 113 bases móveis e duas fixas (uma em BH e outra em Ribeirão das Neves, na Grande BH).

Para o supervisor da base comunitária de Venda Nova, tenente Ronan Sassada, ainda não é possível observar uma redução da criminalidade, até mesmo porque quanto mais próximos os militares estão, mais confiança a população tem em denunciar crimes.

“Queremos aproximar cada vez mais a polícia da comuniade e colocar o militar como solucionador de problemas. Nossa expectativa a longo prazo é que haverá uma reduçao da criminalidade por meio de prevenção”, disse.

Na base comunitária a população pode levar questionamentos e sugestões aos militares. Estes, por sua vez, visitam frequentemente comerciantes e moradores da região onde atuam, fazendo acompanhamento e entrevistas sobre como eles enxergam a questão da segurança pública na região.

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