(Facebook/Reprodução)
Mãe e filho foram assassinados a tiros quando voltavam da academia, na noite desta segunda-feira (29), no bairro Ipiranga, região Nordeste de BH. O principal suspeito do crime é o ex-marido da mulher, de 33 anos.
Os homicídios de Tereza Cristina Peres de Almeida, de 44 anos, e de Gabriel Peres Mendes de Paula, de 22, de acordo com a Polícia Militar, aconteceram por volta das 21h45.
Segundo testemunhas relataram aos policiais, eles retornavam para casa quando foram atacados pelo suspeito. Todo o crime foi registrado por câmeras de segurança de um imóvel que fica no local.
As imagens mostram o homem retirando um objeto, que seria um revólver, do porta-malas de um veículo. Pouco tempo depois, atira na ex-mulher, que cai no chão. As câmeras não exibem, mas o suspeito também dispara contra o jovem, que era estudante de Direito.
Em seguida, o suspeito arranca o carro e foge. A PM informou que montou um cerco no bairro para localizar o suspeito. Porém, até a manhã desta terça-feira (30), ele ainda não havia sido preso.
À queima-roupa
De acordo com o boletim de ocorrência, Tereza Cristina foi morta com quatro tiros, sendo três no tórax e um na cabeça. Já Gabriel Peres foi atingido com um tiro no ouvido. Os dois morreram antes da chegada do socorro ao endereço.
A perícia esteve no local e, depois de analisar os corpos, mãe e filho foram removidos pelo rabecão até o Instituto Médico-Legal (IML) de BH.
O caso será investigado pela Polícia Civil, que informou, por nota, que o inquérito para apurar o crime foi instaurado pelo Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
"E as investigações estão a cargo dos policiais lotados no Núcleo Especializado na Investigação de Feminicídios. A Instituição informa, ainda, que só vai se pronunciar sobre o assunto após a conclusão do inquérito", destacou a Polícia Civil.
Quem tiver informação sobre o suspeito pode ligar para Disque Denúncia, no número 181, ou acionar a PM, via 190.
Repúdio
Tereza Cristina era servidora pública e trabalhava como Agente de Combate a Endemias no Centro de Saúde do bairro Dom Cabral, região Noroeste de BH. Por nota, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindibel) lamentou o assassinato e se solidarizou com a família e amigos da mulher.
O sindicato, também, repudiou o aumento de casos de feminicídio na capital mineira. "Diante de um quadro tão assustador, está na hora de dar um basta aos que defendem a flexibilização do porte de arma e aos que promovem discursos incitando a violência. O sentimento latente de medo entre as mulheres, coletivo LGBT, negros, pobres, indígenas e outras minorias não pode ser tratado com ironia por pessoas que detêm cargos de grande responsabilidade no Planalto", declarou em comunicado.
Ainda no texto, o Sindibel ressaltou que "somente a luta das mulheres, negros e todos os trabalhadores organizados pode, de fato, trazer uma solução para o problema da violência no Brasil".
Atenção, o vídeo abaixo é forte e mostra cenas de violência: