(Reprodução/TV)
A Polícia Civil identificou seis dos dez envolvidos no estupro coletivo de uma adolescente de 13 anos, em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira, no último domingo. De acordo com a delegada Ângela Fellet, responsável pelo caso, quatro adolescentes identificados foram ouvidos e disseram em depoimento que fizeram sexo oral com consentimento da jovem. Entretanto, a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher explicou que, mesmo com o consentimento da vítima, que segundo ela não houve, o crime de estupro de vulnerável está configurado.
Os suspeitos foram identificados pela polícia por conta de dois vídeos que mostram o momento do estupro e foram compartilhados em redes sociais. A delegada explica que ambos deixam claro a conjunção carnal. Nesta quarta-feira uma equipe da polícia foi com a jovem, acompanhada da mãe, no local onde teria ocorrido o estupro coletivo, numa casa abandonada na Vila Olavo Costa.
A delegada explicou que já foram identificados 10 pessoas envolvidas no estupro, sendo 8 menores de 18 anos e dois adultos, e que os próximos passos da investigação serão os resultados da análise do laudo pericial, para comprovar o estupro, e ouvir testemunhas do caso.
Dia do estupro
De acordo com o que foi apurado até agora, a menina deixou a família após festa festa junina em uma escola na companhia de um rapaz. Ao chegar na Vila Olavo Costa, teria sido cercada e levada para uma casa abandonada, onde só seria liberta se fizesse sexo com todos os que estavam no local. Os suspeitos teriam envolvimento com o tráfico de drogas na região.
Uma mulher foi quem divulgou o vídeo do estupro em uma rede social, dando início à apuração do ocorrido. Ela também pode responder criminalmente. A adolescente passou uma noite no imóvel. Quando a mãe teria visto o vídeo e foi na vila procurar pela fiha, foi quando um traficante teria dado a ordem pera libertá-la.
A adolescente e seus familiares foram levados para um local seguro enquanto é realizada a investigação.
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