Pressão no Governo

Policiais civis de Minas protestam por recomposição salarial e não descartam paralisação

Categoria denuncia desvalorização salarial, déficit de efetivo e falta de estrutura, e cobra recomposição de 44% nos vencimentos

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
28/10/2025 às 12:11.
Atualizado em 28/10/2025 às 12:30
 (Sindpol/Reprodução)

(Sindpol/Reprodução)

Policiais civis protestam desde a manhã desta terça-feira (28) na Praça da Assembleia, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Durante o ato, a categoria também fará uma votação para decidir se haverá paralisação das atividades.

De acordo com o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol), a manifestação ocorre diante do persistente cenário de desvalorização e abandono da categoria.

“Atualmente, os policiais civis de Minas Gerais recebem o 4º pior salário do Brasil e enfrentam o pior desenvolvimento de carreira entre todas as forças de segurança pública. Investigadores e escrivães ganham menos que praças da Polícia Militar e policiais penais, mesmo sendo responsáveis por investigações complexas e prisões de líderes de facções criminosas", informou o sindicato em nota.

Além disso, o Sindpol denuncia o déficit de efetivo, que "obriga" servidores a acumularem funções e a trabalhar em delegacias sucateadas, sem viaturas abastecidas e sem condições mínimas de estrutura.

A sobrecarga estaria levando ao adoecimento físico e mental de policiais no Estado. "Vamos buscar aquilo que é nosso por direito, a valorização, recomposição das perdas inflacionárias, estrutura, e pessoal que nós não temos para prestar um serviço de qualidade ao cidadão", disse Wemerson Silva de Oliveira, presidente do sindicato.

A pauta do Sindpol calcula a defasagem salarial acumulada da última década. Desde 2015 o sindicato calcula uma inflação de 74% e os reajustes salariais concedidos às forças de segurança foram de 30%. A categoria reivindica, portanto, uma recomposição de 44% nos vencimentos.

Conforme o sindicato, durante um mês, a categoria não foi procurada pelo governo para discutir as reivindicações e pode definir, durante o protesto, se paralisa as atividades.

A reportagem entrou em contato com o governo do Estado e aguarda retorno.

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