(Marcelo Prates)
Cinco viaturas do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), além de miltiares do Batalhão de Eventos (BPE) subiram o Aglomerado da Serra na tarde desta segunda-feira (18) para auxiliar os militares do 22º Batalhão de Polícia Militar (BPM) em uma operação que acontece no bairro. A polícia procura seis suspeitos de terem assassinado um homem durante uma festa no Praça do Cardoso, na noite de domingo (17). Na ocasião, outras 11 pessoas foram baleadas e duas pisoteadas.
A polícia não informou quantos militares estão atuando no local, mas disse que está acontecendo um rodízio e que mesmo a situação estando sob controle, o policiamento será reforçado no Aglomerado. "Não digo que a situação está dentro da normalidade eu não digo porque a polícia está presente para manter a tranquilidade", disse o tenente-coronel da PM, Alberto Luiz Alves.
A situação no Aglomerado se complicou ainda mais depois que um adolescente de 16 anos foi baleado na perna esquerda por um policial, pela manhã. Moradores ficaram revoltados e disseram que o jovem estaria sentado na porta de sua casa, no beco São Luíz, tomando café com leite e comendo um pão com manteiga no momento em que o militar atirou contra ele. Já a PM informou que o menor estaria em atitude suspeita e teria feito um movimento brusco ao ser abordado. O jovem foi socorrido para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Segundo o tenente-coronel Alberto Luiz, que está à frente da operação no Algomerado da Serra, o cabo e os dois soldados que estavam no local no momento do disparo tiveram suas armas recolhidas e estão detidos no quartel. Além disso, Alberto Luiz informou que o auto de prisão em flagrante dos militares ainda está sendo lavrado. Ainda conforme o tenente-coronel, o adolescente não estava armado, nem mesmo em atitude suspeita. Mas, conforme os três militares que atuaram na ação, o jovem estaria próximo a bandidos armados que trocaram tiros com a polícia no beco e acabou baleado acidentalmente. A versão dos policiais ainda será investigada.
Investigações
A Polícia Civil está investigando o que aconteceu no Aglomerado da Serra, mas segundo a assessoria de comunicação nenhum suspeito ainda foi identificado. O delegado que está à frente do caso é Breno Pardini Cesário, que está neste momento com uma equipe de policiais nas ruas fazendo diligências.
Já a o tenente-coronel Alberto Luiz afirmou que todos os suspeitos já foram identificados e " em princípio, seriam do Aglomerado". O militar não informou, porém, o que teria motivado a confusão durante a festa na Praça do Cardoso e disse que, por enquanto, tudo não passa de suposições.
Entenda o caso Durante uma festa que acontecia na Praça do Cardoso na noite de domingo (17), seis pessoas em quatro motocicletas chegaram ao local e efetuaram vários disparos. Dário Ferreira Leite Neto, de 33 anos, morreu na hora. Foram conduzidos para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, cinco homens, com idade entre 18 e 22 anos; duas mulheres, de 20 e 21 anos; além de uma idosa, de 71; dois adolescentes, de 14 e 16 anos, e uma criança de 6 anos.
Segundo o tenente-coronel Alberto Luiz Alves não havia policiamento fixo na Praça do Cardoso durante o evento, apenas nas proximidades e motorizado. Ainda conforme o militar, a festa tinha alvará mas a polícia só foi avisada sobre o evento na data em que ele aconteceu, o que inviabilizou a atuação da PM. A polícia informou também que aproximadamente 400 pessoas estavam no local quando a confusão começou.
Já a secretária adjunta da Regional Centro-Sul, Nilda Maria Xavier Pires, informou que o alvará era para um evento cultural de 1.000 pessoas - Serra Te Amo, Te amo Serra - e foi solicitado dentro do prazo. Além disso, ela informou que todas as exigências foram cumpridas e todos os orgãos competentes - Cemig, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e empresas de trânsito - foram avisados com 48 horas de antecedência. * Com informações de Fernando Zuba (Atualizada às 20h01)