Foi absolvido o policial militar acusado de matar um médico próximo a uma agência bancária invadida e explodida por criminosos em 2013, na cidade de Uberlândia no Triângulo Mineiro. A decisão foi dada em segunda instância, nessa terça-feira (28) pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pode recorrer da decisão dos desembargadores ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O tenente foi acusado por homicídio doloso, quando há intenção de matar. O desembargador entendeu que ele agiu em legítima defesa. Segundo investigação, o médico estava dentro da agência que havia sido atacada pelos criminosos. O militar teria chegado pouco tempo depois da ação e entendeu que o médico era um dos bandidos e atirou.
O caso
O médico de 52 anos, Marcos Vinicius Galante Buissa, era dermatologista e estava de plantão no dia 18 de julho de 2013, no setor de traumatologia e clínica geral da Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do bairro Martins. Ao ouvir o barulho de explosões, ele foi ver o que havia acontecido e, ao chegar à agência bancária que fica próxima, foi atingido por disparos de uma arma de fogo.
Na época, a PM informou que os criminosos invadiram a agência, explodiram os caixas eletrônicos e que após o sistema de segurança ter sido acionado uma viatura foi para o local. Em seguida, o dermatologista foi atingido, socorrido e chegou a dar entrada no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), onde recebeu atendimento, mas não resistiu aos ferimentos.