Policial suspeito de matar jornalista tem pedido de liberdade negado

Hoje em Dia
12/11/2013 às 14:09.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:06

  Apontado como um dos suspeitos de matar o jornalista Rodrigo Neto, em Ipatinga, no Vale do Aço, o policial civil Lúcio Lírio Leal teve o pedido de habeas corpus negado nessa segunda-feira (11). A decisão do juiz Antônio Augusto Calaes, da 2ª Vara Criminal de Ipatinga, foi divulgada nesta terça-feira (12), extraoficialmente. O policial está preso desde junho e encontra-se na Casa de Custódia do Policial Civil, no bairro Horto, região Leste de Belo Horizonte. O crime ocorreu em marçõ deste ano.   O advogado de defesa, Eliseu Borges Brasil, havia entrada com o pedido no último dia 24, alegando excesso de prazo e garantindo a segurança das testemunhas, além de ressaltar que o cliente é réu primário. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), uma audiência de instrução e julgamento do caso foi marcada para dia 9 de dezembro.    Entenda o caso   No dia 8 de março, o jornalista Rodrigo Neto foi executado a tiros quando estava em um bar do bairro Canaã, em Ipatinga, no Vale do Aço. O repórter era especializado na cobertura de notícias policiais e durante sua carreira denunciou diversos crimes, inclusive envolvendo policiais militares e civis.   Segundo a Polícia Militar, ele saía de um churrasquinho na avenida Selim José de Sales, quando dois homens chegaram em uma motocicleta escura e atiraram em sua direção. A vítima foi alvejada na cabeça e no peito. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas morreu a caminho do Hospital Márcio Cunha. Os executores fugiram e ainda não foram localizados ou identificados.   Já em 14 de abril, o fotógrafo Walgney Assis Carvalho foi morto com dois tiros em Coronel Fabriciano, na mesma região. Ele estava no bar Pesque Pague, no bairro São Vicente, quando foi atingido por tiros na cabeça e na axila. O autor dos tiros chegou no local em uma moto e usava capuz no momento do crime. Após disparar contra o fotógrafo, o suspeito fugiu com um comparsa em uma moto NX preta. A vítima era divorciada e tinha uma filha. Ele também prestava serviço para a Polícia Civil.   Os crimes levantaram a suspeita da ação de um grupo criminoso, com a participação de policiais, na região do Vale do Aço e motivou o deslocamento de investigadores da capital mineira para apurar os crimes.                     

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