(Polícia Civil / divulgação)
Pelo menos nove furtos de cabos de cobre utilizados nos semáforos ocorrem por semana em Belo Horizonte. De janeiro a agosto deste ano, 297 crimes foram registrados. O prejuízo supera R$ 100 mil. Diante do problema, que não só onera os cofres públicos, mas coloca em risco pedestres e motoristas, as forças de segurança miram agora nos receptadores.
Nesta quinta-feira (26), uma operação conjunta entre a Polícia Civil e as guardas municipais da capital e Contagem, na Grande BH, prendeu quatro homens em flagrante. Eles eram donos de ferros-velhos e recebiam os fios de outras pessoas, que pegavam os materiais em semáforos, postes, centros de saúde e até no metrô.
Um dos detidos tem 62 anos e possui um comércio no bairro Carlos Prates, na região Noroeste da metrópole. Ele já foi preso nove vezes e lucra com o crime desde 1985. Na casa dele e nos imóveis dos demais envolvidos, meia tonelada de cobre foi localizada, além de baterias e chapas de ferro. Dois deles ainda tinham armas e munições.
Chefe do 1º Departamento de Polícia Civil, o delegado Wagner Sales reforça que há uma diferença “clara” entre quem retira os cabos dos equipamentos públicos e quem os vende. “Normalmente, quem furta é a pessoa em situação de vulnerabilidade social, em situação de rua ou usuário de drogas, que se arrisca. Já os receptadores, que revendem esse material, são os que efetivamente ganham dinheiro”, afirmou.
Os presos poderão responder por receptação qualificada. A pena varia de três a oito anos de cadeia. O agravante da arma de fogo pode render mais seis anos atrás das grades.
Ações
Em Contagem, a estratégia da Guarda Municipal tem sido patrulhas preventivas em regiões onde o crime é recorrente. Mesma medida é adotada pelos agentes da corporação na capital. “Assim que um semáforo para de funcionar, imediatamente acionamos a Guarda e, muitas vezes, conseguimos prender os suspeitos em flagrante”, disse a diretora do Centro Integrado de Operações (COP-BH), Geórgia Ribeiro.
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