(Eugênio Moraes)
Diferente do sábado, um número menor de candidatos chegaram atrasados para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo. Ainda assim, teve estudante amargando o esforço perdido. Na PUC, no bairro Coração Eucarístico, os portões da PUC fecharam rigorosamente às 13 horas. A estudantes Jessica Adriana dos Santos, de 24 anos, chegou segundos depois, perdeu a chance de fazer a prova e não conteve o choro. "Para redação é que eu estava mais preparada", lamentou.
Apesar de ter saído cedo de casa, por volta de 11h30, ela conta que teve problemas com o cartão ao abastecer o carro no posto de gasolina. Ela tentava uma vaga no curso de direito.
No campus Estoril do UniBH, na região Oeste de Belo Horizonte, Guilherme Campos, de 19 anos, confundiu o horário de fechamento dos portões com o horário de início das provas e não conseguiu entrar. "Mas não tem problema, ia fazer o Enem só pra ver como estava a prova mesmo, porque já tenho bolsa", contou.
Espectadora
Caracterizada para uma festa à fantasia, a estudante de engenharia mecânica Natalia Lima, de 30 anos, foi para a porta da PUC ver a chegada dos atrasados do Enem. Ela se forma este ano e conta que durante todos o período da faculdade fez a prova do Enem e já passou por apertos por chegar na última hora. "Eu sou bolsista, então sempre fazia a prova, se caso perdesse a bolsa, poderia recuperar. Esse é meu ultimo ano de curso. Vim me despedir dessa fase", diz.
Precavidos
Já a candidata Lorenna Oliveira, 19 anos, chegou com antecedência para não correr risco de ficar de fora, mesmo morando perto do local da prova. "Agora é tentar manter a calma. Fui bem na etapa de ontem e estou mais tranquila para encarar a matemática e a redação, hoje".
Marco Aurélio da Silva Junior, 22 anos, não escondia a ansiedade. Também na terceira tentativa, ele quer conseguir uma nota boa para mudar de profissão. "Sou empreendedor, funcionário público e tenho uma filha de um ano e sete meses. Sou um pouco precoce, mas quero melhorar de vida", diz o candidato, destacando que tem um perfil diferente dos demais.
Calorão
Nesse calorão, a barraquinha da Elizabeth Maria dos Santos, em frente à PUC, está faturando com a venda de água. A garrafinha custa R$ 3,00 e ela já perdeu as contas de quantas vendeu neste domingo. "Foram muitas, é o meu momento. Se não fosse pra ganhar dinheiro eu não saia de casa", brinca.
Para driblar o calor, a estudante Jordana Andrade, de 20 anos,deixou a garrafinha dependurada na bolsa. "Não pode faltar", diz ela, que também investe em alimentos leves durante a prova. "Não dá pra trazer chocolate. Ai trouxe barrinha de cereal, fruta", conta. Ela tenta pela quarta vez uma vaga para o curso de fonoaudiologia.
A expectativa é de que neste domingo (25) as provas sejam mais difíceis do que as de sábado, por conta das questões de matemática e da redação.
Nos vídeos acima. a estudante Jéssica chega poucos segundos após o fechamento dos portões, na PUC e chora por não conseguir fazer a prova.