Praça do Papa, um espaço para todos

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
08/11/2014 às 09:06.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:56
 (CARLOS RHIENCK/Hoje em Dia)

(CARLOS RHIENCK/Hoje em Dia)

Aos pés da Serra do Curral – cartão-postal de Belo Horizonte – e com vista privilegiada dos contornos da cidade, a Praça do Papa, como é mais conhecida a praça Israel Pinheiro, no bairro Mangabeiras, na zona Sul, é um dos pontos de encontro preferidos das mais variadas “tribos” vindas de todas as partes da cidade.    É o caso de Luís Paulo da Cunha, que encontra no skate a motivação para sair da Pampulha e chegar a um dos pontos mais altos da cidade. “Aqui é bom para sentar, bater papo e tomar uma água de coco. Aos domingos, é uma boa trazer o cachorro e passear”, recomenda.    E não são apenas os belo-horizontinos que se deslumbram com o lugar. Em visita à capital mineira, em 1980, o Papa João Paulo II rendeu-se à beleza do cenário e não se conteve. “Que belo horizonte!”, afirmou, ao definir a vista lá de cima. Depois do episódio e da celebração de uma missa campal, a praça foi apelidada em homenagem a ele. Xará do pontífice, o conferente João Paulo Lopes, de 22 anos, é outro admirador do espaço. Pelo menos uma vez por semana, é possível encontrá-lo por lá, na companhia da cadela Pietra. “Moro no Santa Amélia (Pampulha), mas estou sempre aqui. É um lugar muito tranquilo”.   Para a antropóloga Maria Cristina Leite, essa interação – ainda que indireta – com pessoas diferentes é saudável para a população, que deve, sim, ocupar as áreas públicas para observar e aprender um com o outro. “É importantíssimo, porque a cidade é do cidadão. Quando um espaço não é frequentado, ele tende a ficar inóspito, hostil e até violento. A diversidade é muito saudável, porque quando convivemos com alguém diferente, repensamos nosso próprio jeito de viver”.

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