(Maurício de Souza/ Arquivo Hoje em Dia)
O orçamento vai ficar ainda mais apertado para as famílias e para comerciantes que dependem do gás de cozinha (GLP). A Petrobrás anunciou, nesta quinta-feira (10), o reajuste do produto para as distribuidoras a partir do próximo sábado (12).
O presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, Alexandre Borjaili, calcula que, com o aumento, o botijão de 13 quilos deve chegar a até R$ 120 para o consumidor. ”Quem quiser cozinhar com o gás terá que desembolsar 20% a mais”,afirma.
Atualmente, o produto, sai da Petrobrás por R$ 50,15 e chega para o consumidor por cerca de R$ 100 reais.
“O gás de cozinha é um ítem de primeira necessidade. Quem ganha um salário mínimo não tem como usar o gás para cozinhar. Vai ter que voltar para o fogão à lenha, analisa Alexandre Borjaili.
Para o presidente da associação, se o gás é produzido e refinado no Brasil, e não sofre influência do mercado internacional, não há justificativa para os sucessivos aumentos.
O último reajuste do gás de cozinha foi há 95 dias.
Preocupação
No Centro de Assistência Benedito Venâncio, que atende oito idosos no bairro Boa Vista, na região Leste da Capital, o clima é de preocupação com o futuro. A instituição não recebe ajuda da Prefeitura de Belo Horizonte e sobrevive de doações.
O consumo médio no asilo é de até 3 botijões de gás por mês. Atualmente o produto é doado por colaboradores.
“Mas como as doações caíram 80% desde novembro no ano passado, o medo é de que o preço pese demais no orçamento de quem quer nos ajudar”, afirma Jaqueline Guimarães Rosa, presidente da instituição.
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