(Carlos Rhienck)
Prática proibida e que fere a concorrência justa, o uso de preços fechados ao invés de usar o taxímetro ainda é adotado por alguns taxistas em Belo Horizonte. A irregularidade também ocorre em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, e é alvo de uma investigação do Ministério Público.
Desde 1991, quando a BHTrans foi criada e começou a regular o serviço de táxi, as corridas passaram a ser cobradas exclusivamente pelo taxímetro. Em 2006, a empresa fez um teste com valores tabelados para o aeroporto de Confins, sem sucesso. Atualmente, o preço cobrado pelo quilômetro rodado é de R$ 2,24, entre 6h e 22h. Depois desse horário, o custo é de R$ 2,69 e a bandeirada, R$ 3,90.
No entanto, para conseguir conquistar passageiros por valores mais “camaradas”, alguns taxistas combinam preços fechados antes da partida, sem o uso do taxímetro. A equipe do Hoje em Dia ligou para alguns pontos de táxi e cooperativas, passando-se por cliente, para consultar o preço de uma viagem entre o bairro Santa Efigênia e o aeroporto de Confins.
Dos seis locais procurados, dois sugeriram os preços fechados. Em um ponto no bairro Colégio Batista, na zona Leste de BH, um taxista identificado como Tales orçou a corrida em R$ 90, quando o preço normal seria, em média, R$ 110.
Em outro ponto, no bairro Funcionários (Sul), o taxista, que se identificou como Jacir, também combinaria a corrida antecipadamente, por R$ 100, sem o taxímetro.
Lotação
Na Grande BH, as viagens que podem ser cobradas sem o taxímetro são as dos táxis-lotação, com destino aos estádios Mineirão ou Mineirinho, partindo do Centro da capital ou de Contagem, além dos veículos que operam nas avenidas Afonso Pena e do Contorno.
Os táxis metropolitanos da Coopertramo, geridos pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), também são autorizados a operar sob preço tabelado.
A assessoria de imprensa da BHTrans informou que a prática de cobrar sem taxímetro é ilegal e orienta os passageiros a denunciar os taxistas, informando a placa do veículo. O Hoje em Dia ligou para o Sindicato dos taxistas de BH (Sincavir), mas ninguém estava disponível para falar a respeito.