Desabamento no Planalto

Prédio que desabou não tinha placa com identificação de responsável técnico pela obra, diz Crea

Raissa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
21/09/2022 às 12:06.
Atualizado em 21/09/2022 às 15:23
 (Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

O prédio que desabou na madrugada desta quarta-feira (21) tinha irregularidades na identificação do responsável técnico pela obra. A informação foi repassada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG). 

De acordo com o coordenador da Câmara de Engenharia do conselho, Gabriel Nogueira, é obrigatório que toda obra tenha um responsável técnico identificado em placa afixada na parte externa da edificação. 

“É obrigação que toda obra tenha um responsável acompanhando. E esse responsável tem que fazer a identificação dessa obra com uma placa na frente, para orientar a população e também facilitar os trabalhos para sabermos o responsável técnico”, explica.

Ele esteve no local na manhã desta quarta-feira. O coordenador disse que não identificou uma placa do tipo no prédio. “Nessa ausência, a gente vai ter que investigar com a fiscalização do Crea para verificar se tem um responsável acompanhando as atividades ou não”, afirma. 

O representante disse ainda que, se o responsável for identificado, deverá responder a um processo ético no conselho. "O Crea abre um processo, convoca o profissional para ver se não houve falha técnica ou negligência e abre um processo ético", detalhou.

Em nota, o CREA-MG informou que a obra já havia sido fiscalizada e autuada, em outubro de 2021. O responsável técnico pelo andamento da construção foi autuado pela falta de identificação em relação ao serviço em execução, uma vez que a placa de obra que constava na edificação não atendia à legislação, pois indicava outro profissional responsável técnico e uma empresa que não está registrada no Crea-MG

Entenda o caso

Duas famílias ocupavam o prédio que desabou na quarta-feira, na rua Nilo Aparecida Pinto, nº 425, próximo à Praça Nossa Senhora da Paz, no Planalto.

Uma delas morava no térreo e a outra no último andar. Das duas famílias, apenas a última estava no local na hora do desabamento. 

O prédio estaria em fase final de acabamento, segundo os bombeiros.

Ainda de acordo com a corporação, a edificação vizinha, apesar de ter moradores residindo, estava vazia no momento, pois a família estava em viagem.

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