(Valéria Marques / Hoje em Dia)
Chuvas fortes deixam Belo Horizonte em alerta até o fim deste ano. Diante da previsão, o prefeito Fuad Noman (PSD) teme “desastres” e cenários de “calamidade” no período. Medidas emergenciais têm sido adotadas e novas ações estão previstas. A prefeitura fala em um investimento de R$ 1 bilhão, que inclui 28 obras de drenagem em diversas regiões.
A preocupação do chefe Executivo é baseada em ocorrências recentes em outros estados brasileiros, como no início de setembro no Rio Grande do Sul. As chuvas acima a média provocaram 47 mortes nas cidades gaúchas.
“Temos uma incógnita em como será o período chuvoso. O que está acontecendo em outros estados mostra que estamos vivendo um momento de insegurança. Não sabemos o que vem pela frente. (...) Nosso “medo” é de uma ocorrência extraordinária, uma calamidade. O que não está sendo esperado pela Defesa Civil, pelo pessoal do Climatempo" afirmou Fuad.
Nesta segunda-feira (2), o prefeito apresentou o Grupo de Gestão de Risco e Desastres (GGRD), comitê que será responsável por definir medidas emergenciais e monitorar em tempo real, 24h por dia, os efeitos das precipitações na capital.
As ações de prevenção da PBH incluem obras estruturantes, de micro e macrodrenagem e de eliminação de risco geológico. Segundo o prefeito, o trabalho preventivo está sendo feito com base no histórico de chuvas da capital, que tem sido acima da média desde 2019.
“A chuva é um tormento na história de Belo Horizonte. As ocorrências em outros estados e países nos deixam em uma situação em alerta. Estamos assistindo situações muito graves e nós não podemos desconhecer essas situações. (...) Então temos que estar preparados para eventualidades e uma emergência. Estamos muito confiante no trabalho que está sendo feito. Mas não podemos descuidar, temos que estar um passo à frente”.
Áreas críticas
Embora consideradas como “solução” contra grandes enchentes e inundações em BH, a maioria das obras de macrodrenagem ao longo deste ano não ficará pronta até o fim do período de chuvas, que termina no primeiro trimestre de 2024.
Em coletiva com a imprensa, o prefeito de BH reconheceu que regiões como Vilarinho e ao longo da avenida Cristiano Machado são “áreas mais críticas”.
“Embora muitas obras tenham sido feitas, ainda tenho um pouco de receio nas regiões da Vilarinho e Cristiano Machado porque as obras ainda não estão prontas”.
Na avenida Cristiano Machado, por exemplo, o canal construído em paralelo ao Ribeirão da Onça - que vai do cruzamento com a Risoleta Neves até a Estação São Gabriel - só deve ficar pronto em dezembro.
Na região do Vilarinho, a previsão de conclusão das obras de macrodrenagem e grandes reservatórios é somente para o segundo semestre de 2024.
Ainda assim, o prefeito afirma que as PBH está mobilizada, com equipes preparadas para responder ocorrências mais graves. “A prefeitura está fazendo todo o esforço para que a população possa passar o período chuvoso muito mais tranquilo. É para isso que nós estamos trabalhando”, concluiu o prefeito.
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