(Roberto Maradona/Prefeitura de Betim/ Divulgação)
Cinco Restaurantes Populares localizados nos bairros Teresópolis, Alterosas, Citrolândia, Imbiruçu e PTB, todos em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte serão fechados no dia 29 de abril.
Segundo a prefeitura da cidade, a interrupção do fornecimento das refeições oferecidas à população é devido à atual crise econômica e financeira, que afeta o país, e que, em Betim, provocou a diminuição em sua Receita Corrente (RC) da ordem de R$ 167 milhões, com gastos de pessoal alcançando 50,82% da Receita Corrente Líquida (RCL).
Atualmente, cerca de 3 mil refeições são oferecidas diariamente em todas as unidades dos restaurantes atingidos pela decisão. Por meio de nota, a prefeitura afirma ter ciência do impacto que o encerramento das atividades provocará nas comunidades.
"Para que o mesmo não seja tão expressivo, manterá em pleno funcionamento a unidade do Centro, que é fornecedora de metade desse número, ou seja, o Restaurante Popular da região central oferece 1,6 mil refeições por dia", diz nota enviada à redação do http://hojeemdia.com.br/.
Altos custos e outros cortes
Em proporções anuais, os restaurantes têm um custo de R$ 7.657.860,00, e arrecadam, com a cobrança direta ao usuário de refeição ao custo de R$ 4, o montante de R$ 3.358.080,00. Portanto, há um déficit de R$ 4.299.780,00.
Segundo o secretário municipal de Finanças, Planejamento e Gestão (Sefplag), Gustavo Palhares, “os cortes estão sendo feitos em todas as áreas para priorizar a manutenção de serviços essenciais. A postura é necessária, visto que, apesar outros cortes terem ocorrido no ano passado em diversas áreas, não houve aporte necessário para continuar oferecendo serviços basilares", diz o gestor apontando queda de receita de R$ 167 milhões.
Há um ano, algumas das medidas de contingenciamento foram realizadas na tentativa de equilibrar receitas e despesas, como a suspensão de realizações e/ou apoio a eventos culturais, esportivos, e demais, de natureza comemorativa; aquisições e contratações de produtos e serviços que não sejam essenciais à administração pública, exceto as que comprometam o funcionamento dos Órgãos da Administração Pública e o cumprimento dos limites constitucionais.
Outra medida adotada foi o escalonamento das datas das remunerações, com a primeira parcela de R$ 2 mil paga a todos os servidores no quinto dia útil, e a segunda, na semana seguinte à quitação do pagamento da primeira.