(Maurício Vieira)
Pelo menos 50 pessoas em situação de rua de Belo Horizonte deverão estar inseridos no mercado de trabalho no primeiro semestre deste ano. Essa é a expectativa da secretária municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Maíra Colares.
“Devemos até empregar mais, mas existe um nível de rotatividade, que deve ser acompanhado com cautela para dar segurança tanto ao empregador quanto ao empregado”, disse.
Nesta quarta-feira (9), a gestora falou sobre a sanção de uma lei municipal que cria o programa “Estamos Juntos”. A ação visa a capacitar essas pessoas e conduzí-las a uma ocupação por meio de parcerias. Para identificar quem está apto e conhecer o perfil de cada um – observando áreas de interesse e disponibilidade –, foi feito um mapeamento dos que estão em unidades de acolhimento da administração municipal.
“Em dezembro, alocamos quatro pessoas na construção civil. Três permanecem e o retorno tem sido positivo. A própria construtora e outras sete do ramo, que já possuem contratos com a prefeitura, demonstraram interesse em participar do projeto. Em fevereiro conversaremos com outros setores”, conta.
Remuneração
As atividades ainda serão regulamentadas em um decreto, que deve ser publicado em até 90 dias. O documento terá regras sobre faltas e benefícios concedidos às empresas. As informações sobre cursos de capacitação também estarão disponíveis e devem seguir um modelo testado anteriormente.
“No ano passado já foram feitos projetos de qualificação para gastronomia no Mercado da Lagoinha. Na ocasião, foram dez ou 15 pessoas em situação de rua. Fornecemos a eles certificação e encaminhamos para o Sine (Sistema Nacional de Emprego) e mercado de trabalho”.