(Tânia Rego/ABr)
No mês de julho, Belo Horizonte não irá realizar cirurgias eletivas, ou seja, previamente agendadas, em pacientes que não residem na capital. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde nesta terça-feira (30). Segundo a prefeitura, os procedimentos previamente marcados não serão remanejados ou cancelados, mas não serão realizadas novos agendamentos. Dados da Secretaria de Saúde mostram que quase metade dos procedimentos realizados em BH são destinados para pacientes do interior do Estado. Entre janeiro e abril deste ano, foram 20.095 cirurgias eletivas, sendo 11.791 em belo-horizontinos e 8.304 em residentes de outras cidades. Nos últimos três, a média de operações chegou a 42 mil por ano. O motivo para a medida, segundo a prefeitura, é a redução do pagamento dos procedimentos pelo Governo Federal para as cirurgias feitas pelo município, após a mudança na padronização dos repasses. O prejuízo, segundo a Secretaria de Saúde, é de R$ 4,5 milhões mensais. A prefeitura diz que a limitação do repasse, agora fixado em até 100% acima do valor definido pela tabela SUS exigirá a redução de 40% dos procedimentos feitos em BH. No total, a capital mineira usa o incentivo médio de 218% para estimular profissionais e hospitais a viabilizarem a realização dessas cirurgias de acordo com a demanda da população. A Secretaria Municipal de Saúde informou que está em diálogo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) e com o Ministério da Saúde para manter a continuidade ao Programa de Cirurgias Eletivas em toda a sua capacidade, atendendo também a não residentes da capital.