Prefeitura de Contagem muda necrotério de apoio para área distante de residências

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
06/04/2021 às 16:16.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:37
 (Divulgação/ Prefeitura de Contagem/ Janine Moraes)

(Divulgação/ Prefeitura de Contagem/ Janine Moraes)

A Prefeitura de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), informou, nesta terça-feira (6), que transferiu o necrotério de apoio às funerárias para um espaço maior e distante de áreas residenciais na cidade. O novo espaço está localizado na rua Maria da Glória Rocha, no bairro Beatriz, onde funcionava a Transcon, que gerencia o trânsito no município.

O Executivo estava utilizando uma estrutura provisória, que funcionava no antigo prédio da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) JK, na avenida João César de Oliveira, no Eldorado. O espaço, segundo a prefeitura, seguia todos os protocolos de segurança sanitária, sem oferecer risco de contaminação à população ou aos profissionais envolvidos.

De acordo com a administração municipal, o novo local, que também é seguro à população, funcionará durante o período de alta nos índices epidemiológicos e mortes provocadas pelo novo coronavírus.

"A estratégia adotada para o acondicionamento de corpos foi chancelada pelo corpo técnico da Prefeitura de Contagem, seguindo protocolos internacionais. O objetivo é tratar de forma respeitosa e segura as vítimas da Covid-19", declarou o secretário de Administração, Carlos Frederico Pinto e Netto.

Logística

O Executivo também informou que contratou uma empresa especializada para fazer a remoção e o acondicionamento dos cadáveres, em veículos apropriados e com segurança sanitária. A ação visa evitar que os corpos permaneçam nas unidades da rede pública de Saúde.

Conforme a prefeitura, a maior parte das vítimas fica no máximo até 24 horas na câmara fria. Além disso, as famílias são acompanhadas por equipe médica e uma assistente social. Até esta terça, passaram pelo local em torno de 50 cadáveres.

"A atitude foi pensada com o objetivo de evitar que o sistema funerário não chegue ao colapso, como tem acontecido com outros municípios que não conseguiram se planejar para dar o tratamento humanitário necessário às vítimas e famílias", destacou Carlos Frederico.

A prefeita Marília Campos (PT) esclareceu que a medida foi necessária devido ao aumento do número de mortes na cidade, que sobrecarregou a estrutura de necrotérios.

"Cada unidade de saúde tem necrotérios que cabem duas ou três pessoas. A demanda está maior e não podemos deixar essas vítimas ao relento ou em qualquer lugar. São pessoas que têm histórias, famílias e merecem ser respeitadas. Este novo espaço respeita todas as medidas sanitárias, para abrigar caminhões com refrigeração que conservam os corpos até o enterro, enquanto os cartórios e funerárias estiverem sobrecarregados", explicou.

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