(Divulgação/PCMG)
Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (27) na Prefeitura de Mariana, na região Central de Minas. A ação foi executada pela operação Curupira, que investiga fraudes na concessão de licenças ambientais na cidade.
Esta foi a segunda fase da operação, que buscou evidências nas secretarias municipais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da cidade, na casa do secretário de Meio Ambiente e na residência de fiscais que atuam no município. Foram apreendidos documentos, computadores, notebooks e celulares.
A primeira fase aconteceu no dia 23 de maio e resultou na prisão de três pessoas e no cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão. A investigação aponta que a mineradora Transthomasi pode ter extraído minério na cidade de forma irregular, sendo suspeita, ainda, de falsidade ideológica em documento ambiental, intervenção em área de preservação permanente e do crime de associação criminosa.
O delegado responsável pelo inquérito, Luiz Otávio Paulon, explicou que o objetivo dos trabalhos foi subsidiar outras investigações em curso. "Realizamos a apreensão destes materiais que serão avaliados e estudados pela nossa equipe. Algumas testemunhas devem ser ouvidas nos próximos dias e o nosso trabalho continua para apuração de todos os fatos" concluiu.
Em um encontro com a imprensa logo após a deflagração da operação, o prefeito de Mariana, Duarte Júnior (PPS), declarou que a prefeitura está à disposição para o esclarecimento dos fatos. "Já abrimos um processo administrativo interno e exigi que ele esteja pronto em 60 dias para que eu possa tomar uma decisão", revelou o prefeito.
A empresa Transthomasi também foi procurada, mas o telefone informado é do escritório de contabilidade que atende a companhia. A atendente do local informou que só seria possível informar o contato dos responsáveis nesta quarta-feira (28).